No mercado do trigo, safra no Paraná promete desafiar os preços, veja a seguir:
O cenário está agora voltado para os campos do Paraná, onde a colheita da nova safra de trigo está em andamento. Como um dos principais celeiros de produção de cereais do Brasil, o estado possui um papel crucial na determinação das tendências de preços e disponibilidade no mercado do trigo.
Apesar da possibilidade de uma ligeira redução no volume colhido comparado à safra passada, uma estatística interessante chama a atenção: a disponibilidade interna do trigo está projetada para atingir um patamar recorde.
Enquanto os números apontam para um aumento no consumo, a abundância de excedentes no mercado interno impulsiona a necessidade de exportações em larga escala. A atenção agora se volta para o desafio de encontrar mercados internacionais ávidos por adquirir o cereal. A capacidade de alcançar uma balança equilibrada entre a oferta interna e externa será determinante para manter a estabilidade dos preços.
No entanto, um elemento crucial paira sobre essa equação. Se as exportações não conseguirem absorver o excedente interno, a pressão sobre os preços do trigo poderá se intensificar. A ampla oferta no mercado interno, aliada à necessidade de escoar os estoques, pode forçar os produtores a buscar por preços mais competitivos. A dinâmica entre oferta, demanda e exportação será o fator decisivo.
Os números do Paraná lançam luz sobre as flutuações recentes nos preços. Em dezembro de 2022, a tonelada do cereal era avaliada em impressionantes R$ 1.830,00. No entanto, os números atuais mostram uma notável mudança, com o preço caindo para R$ 1.300,00 em agosto deste ano. Essa variação exemplifica a complexidade das forças que moldam o mercado do trigo, com a abundância da safra atual exercendo uma influência significativa.
Na análise anterior, “Cotações no mercado externo e interno seguem recuando. As cotações do trigo estão atualmente traçando uma trajetória descendente tanto no mercado externo quanto no mercado interno. No mercado externo, conflitos estão modelando as cotações. Após uma reação momentânea induzida pelos conflitos entre Rússia e Ucrânia, os preços se reacomodaram em baixa. Essa queda é sustentada pela conjugação de fatores como o avanço da colheita nos Estados Unidos, onde chuvas generosas refrescam as regiões produtoras norte-americanas, e a ascensão das exportações russas, que inundam o mercado com um volume significativo.” Para saber mais sobre essa análise clique aqui.
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Por Daniele Balieiro/AGRONEWS®
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