Em busca de discutir problemas e soluções em comuns do setor lácteo mato-grossense, inclusive, tornar transparente a definição de preços da matéria-prima leite, foi lançado oficialmente nessa terça-feira (13), o Conselho Paritário de Produtores/Indústrias de Leite do Estado de Mato Grosso (Conseleite/MT)
O Conselho é formado por produtores rurais e indústrias, com igual número de representantes de cada segmento, e busca gerar valores para servir de parâmetro para a livre negociação. Uma Câmara Técnica, formada por produtores/indústria e que conta com o apoio da Universidade Federal do Paraná, uma instituição imparcial, com base em metodologia cientifico, chega a um maior e menor valor de referência. “Hoje, o menor preço sugerido em Mato Grosso é de R$1,36 e o maior R$1,82, afirma o presidente do Conseleite/MT Otarci Nunes da Rosa, que há 11 anos atua na produção de leite no município de Nossa Senhora de Livramente. Ele afirma que 90% aqui no Estado é considerada baixa, ou seja, são produzidos entre 25 a 100 litros leites/dia. O valor referência leva em conta a qualidade do leite produzido, e os custos com a produção na propriedade rural e o custo industrial, para produção dos derivados.
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Otarci ressalta ainda que entre as vantagens de participar do Conseleite é permitir aos setores um melhor planejamento da produção e comercialização, através de diálogos com base em valores de referência, por cada derivado.
Atualmente Mato Grosso vive no auge da safra do leite, que deve se estender até meados do mês de maio, quando entra na entressafra que perdura até setembro, em alguns anos chegando até novembro, quando eleva o preço dos insumos. “ A diferença entre uma safra e outra chega a 30% em Mato Grosso, pontou Otarci. Em 2020, houve um aumento na produção de leite, mas, o setor iniciou este ano em déficit. Para o presidente do Conseleite/MT a expectativa que haja um crescimento no consumo do leite e derivados com o retorno do pagamento do auxílio emergencial do Governo Federal.
Além de Mato Grosso, o Conseleite foi implantado nos estados do Paraná, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais e Rondônia.
Por Márcio Moreira – AGRONEWS
AGRONEWS – Informação para quem produz
