Embora tenha encerrado o primeiro semestre de 2020 registrando franca recuperação de preços em relação à remuneração obtida nos meses de abril e maio, o frango abatido completou a primeira quinzena de julho com preços ainda inferiores aos de cinco meses atrás (novembro de 2019 a março de 2020), ocasião em que chegou a alcançar (final de 2019) os maiores valores nominais da história.
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Isso, por sinal, fica mais claro no gráfico abaixo, no qual preços nominais e deflacionados são apresentados segundo a média semestral móvel. Por ela, o pico de preços do setor foi registrado em março passado (média dos seis meses encerrados em março), ocasião em que o valor nominal registrado registrou evolução de mais de 60% em relação ao preço inicial da corrente década.
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Sob esse aspecto, aliás, a valorização nominal do frango abatido tem sido praticamente contínua, somente acusando forte retração no biênio 2017/2018, como efeito, principalmente, dos desdobramentos da Operação Carne Fraca.
Os ganhos, porém, são apenas nominais, não acompanham a inflação. O que significa que, em valores reais, o frango tem ficado cada vez mais barato. Assim, por exemplo, ainda que tenha alcançado, em março passado, valor médio de R$4,45/kg, acabou limitado a um valor real cerca de 16% inferior ao de sete anos atrás (março de 2013).
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Supõe-se que, senão totalmente, a maior parte dessa redução tenha sido transferida ao consumidor. Neste caso, o poder de compra do salário mínimo, de aproximadamente 200 kg de carne de frango no início de 2011 subiu, 19 anos depois, para cerca de 245 kg – um aumento superior a 22%.
Por Avisite
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