As exportações de arroz beneficiado (base casca) brasileiro totalizam 447 mil toneladas nos 11 meses do ano comercial 2019/2020 – março/2019 a janeiro/2020. Nesse período, Peru e Iraque foram os principais compradores do Brasil. Venezuela, Estados Unidos e Arábia Saudita completam a relação dos cinco primeiros destinos do produto nacional
A informação é da Associação Brasileira da Indústria do Arroz (Abiarroz) e o Sindicato da Indústria do Arroz no Estado do Rio Grande do Sul (Sindarroz-RS), com base em dados do Ministério da Economia. Nos mesmos 11 meses do ano comercial 2018/2019 (março de 2018 a janeiro de 2019), os embarques de arroz beneficiado (base casca) somaram 475 mil t.
“Mesmo com essa pequena redução, o resultado ainda foi bom, principalmente porque exportamos para 95 destinos nesses 11 meses do ano comercial 2019/2020. Isso mostra que estamos diversificando cada vez mais os nossos mercados”, diz o diretor executivo do Sindarroz, Tiago Sarmento Barata.
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Ele ressalta também o fato de o Peru e o Iraque liderarem as compras do produto do Brasil neste ano comercial. “Esses dois países são altamente exigentes em relação à qualidade. A presença do nosso arroz beneficiado nesses mercados serve como passaporte para acessar novos destinos.”
“Há anos, o Peru já é o nosso maior importador e, neste ano safra, tivemos recorde de exportação para lá: 142 mil toneladas”, observa, acrescentando que os embarques para o Iraque são recentes. “Mas, nos próximos anos, devemos nos consolidar como um importante fornecedor de arroz para o país do Oriente Médio.”
Os esforços para ampliar a participação no mercado internacional orizícola, pontua Barata, tem contribuído para melhorar a percepção dos importadores sobre a produção brasileira de arroz. “A qualidade do nosso arroz está presente em todos os elos da cadeia, desde o desenvolvimento de sementes até a entrega do produto ao consumidor. Somos eficientes do campo à mesa.”
Ainda conforme o executivo do Sindarroz-RS, em janeiro deste ano, as exportações de arroz beneficiado (base casca) atingiram 70,6 mil t, recuo de 69,6% em relação a dezembro de 2019. “Os números surpreendem, porque esperávamos um escoamento mais baixo.”
Segundo ele, isso ocorreu porque alguns carregamentos feitos em dezembro foram incluídos nas estatísticas do primeiro mês de 2020 pelo Ministério da Economia. Já as importações totalizam 59,9 mil t, queda de 7,7% em relação a dezembro de 2019.
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Por Abiarroz