Mais de 37% foram escoados pelo programa de apoio à agricultura a juros controlados. Veja também sobre o milho e o algodão
Com total de R$ 251,2 bilhões, em três meses os agricultores já contrataram R$ 97,7 bilhões. O salto é acima de 37% na mesma relação com o mesmo período da safra passada.
A melhor notícia é que a busca por recursos para investimentos, nas diversas linhas disponíveis, foi a que mais cresceu, demonstrando que o produtor segue perseguindo mais tecnologia, além de outros destinos que entram nessa rubrica.
A notícia que acende um alerta é que o aumento da procura por recursos – com os produtores do Sul tradicionalmente os que mais demandam os recursos a juros controlados -, pode fazer esgotar o estoque de dinheiro mais cedo.
E, aí, os produtores que ficaram de fora ou que não conseguiram, através das instituições repassadoras, terão que ir para o balcão dos bancos atrás de financiamento a juros livres.
E juros livres, agora, com taxa de Selic já em 6,5% ao ano, é dinheiro mais caro para os tomadores.
Com o Banco Central prevendo a continuidade do ciclo de alta, o perigo aumenta.
O Mapa certamente está atento a isso, mas pouco pode fazer, após ter conseguido que a dotação orçamentária para este ano já fosse superior.
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Line up do milho devagar nos portos
O line up para o milho nos portos brasileiros, na posição desta quarta (6), mostra que as exportações do safrinha seguem devagar.
Com a colheita do milho americano saindo, os preços ficaram mais baixos, e o produtor brasileiro, aquele mais capitalizado, está segurando um pouco os preços.
Na B3, por exemplo, o milho perdeu em torno de R$ 10 do suporte de R$ 100 nos mercados futuros.
A despeito de o milho de inverno brasileiro ter tido uma quebra.
A posição dos navios nos portos indica movimentação de 1,392 milhão de toneladas, entre carregamento/descarregamento, ao largo (esperando vaga para atracação) e nomeados (estão para chegar).
Desse total, 1,160 correspondem a embarques, sendo em Santos 826 mil toneladas.
É considerada uma quantia acanhada pelo da movimentação do mesmo período de 2020.
Nas importações, os portos do Sul concentram o desembarque, sobretudo pela proximidade do parque granjeiro-frigorífico de aves e suínos.
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Fibra forte no mundo quase pós-pandêmico
O algodão está subindo de vento em popa. Os preços em Nova York atingiram máximas de 10 anos. Nesta quarta (6) está 113,93 centavos de dólar por libra-peso, passando dos 4% de valorização.
A expectativa de um mundo pós-pandemia, insuflando o consumo por vestuário, torna a demanda asiática – o principal polo de fornecimento global de roupas e acessórios -, com muito apetite.
Em paralelo, a oferta global é vista como restrita e eleva preocupações com o abastecimento da fibra.
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