O MAPA confirmou um caso de “peste suína clássica” no município de Marco, no interior do Ceará. O estado está fora da chamada “zona livre da doença“, reconhecida pela Organização Mundial de Saúde Animal, e por isso mesmo não deve haver restrições ao comércio internacional de suínos. A propriedade onde foi a doença foi diagnosticada foi interditada e os animais devem ser sacrificados. A “peste suína clássica” não é transmitida para os seres humanos.
Casos confirmados de peste suína clássica
Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento – Mapa confirmou um foco de Peste Suína Clássica (PSC) no município de Marco, no Litoral Norte do Ceará. O foco ocorreu em um criatório de suínos e nove casos já foram confirmados. A propriedade foi interditada pelo serviço veterinário estadual, representado pela Agência de Defesa Agropecuária do Estado do Ceará (Adagri). O Mapa informa que a doença não é transmitida para seres humanos.
A Peste Suína Clássica também conhecida como febre suína ou cólera dos porcos, é uma doença viral, altamente contagiosa, que afeta somente suínos e javalis. O diagnóstico foi confirmado pelo Laboratório Federal de Defesa Agropecuária em Pedro Leopoldo, Minas Gerais, por meio de técnicas moleculares (RT-PCR em Tempo Real), e notificado imediatamente à Organização Mundial da Saúde Animal (OIE).
Conforme as estratégias para erradicação de focos de PSC adotadas no País, será realizada a eutanásia dos suínos envolvidos e a limpeza e desinfecção na propriedade, além de investigações para rastreamento de provável origem e vínculos epidemiológicos.
A ocorrência não compromete a manutenção das zonas livres de Peste Suína Clássica reconhecidas no Brasil e não implica em restrições ao comércio internacional de suínos e seus produtos. Além disso, a doença não é transmitida para seres humanos, não representando impacto na saúde pública.
Zonas livres
O Ceará, juntamente com outros 10 estados (AL, AM, RR, PA, AP, MA, RN, PB, PE e PI), está localizado fora da zona livre de PSC reconhecida pela OIE. A última ocorrência da doença no Estado havia sido encerrada em outubro de 2019.
O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento informou que os limites entre as zonas livre e não livre da doença são protegidos por barreiras naturais e postos de fiscalização: “Onde procedimentos de vigilância e mitigação de risco são adotados continuamente para evitar a introdução da doença“, informou o Mapa, por meio de nota.
A zona livre de PSC do Brasil concentra mais de 95% de toda a indústria suinícola brasileira. Toda a exportação brasileira de suínos e seus produtos são oriundas da zona livre e não registra ocorrência da doença de PSC desde janeiro de 1998.
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