Ação da ABRALEITE leva Anvisa a publicar resolução sobre benefícios digestivos do leite A2
A Associação Brasileira dos Produtores de Leite (ABRALEITE) conquista mais uma importante vitória para a produção de leite nacional. A partir de pleito da entidade, a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) publicou a Resolução 3.980 (20.10.2021), que autoriza a inclusão no rótulo das embalagens de leite A2 da frase “Leite produzido a partir de vacas com genótipo A2A2”. A Anvisa também autorizou alegação de funcionalidade com a frase: “O leite A2 não promove a formação de BCM-7 (betacasomorfina-7), que pode causar desconforto digestivo”. Dessa forma, alguns consumidores que eventualmente experimentem desconforto com a digestão incompleta da caseína agora têm a informação clara e disponível nas embalagens, como ocorre em outros países.
“Essa informação no rótulo é extremamente importante pois representa o reconhecimento da Anvisa às qualidades digestivas do leite A2 e esclarece os consumidores, que agora encontram no rótulo uma informação oficial sobre os benefícios do produto A2”, ressalta Geraldo Borges, presidente da ABRALEITE.
Segundo Roberto Jank Jr., vice-presidente da ABRALEITE e coordenador da comissão da entidade sobre leite A2, a publicação da Anvisa é aguardada há anos com grande expectativa. “Em outubro de 2019, o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento autorizou os produtores de leite A2 a usar a expressão ‘leite de vacas A2A2’, porém faltava a informação oficial da Anvisa especificamente sobre o leite, que é essencial para os consumidores”.
Jank completa que a legislação brasileira atinge, agora, o padrão de países líderes, como Estados Unidos, Alemanha e China, em relação ao leite A2. “O leite A2 tem a mesma betacaseína do leite materno, o que facilita a adaptação das crianças na transição do leite da mãe para o leite de vaca”, informa.
“A resolução da Anvisa é importante para os adultos que se consideram mas eventualmente não são realmente intolerantes à lactose, uma vez que o rótulo de leite A2 passa a informar que o produto não promove formação de BCM-7 (betacasomorfina-7), que pode causar desconforto digestivo, com sintomas parecidos aos da intolerância à lactose”, completa a nutricionista e consultora Andrea Esquivel, que acompanhou o processo desde o início.
“Esta é mais uma conquista da ABRALEITE para os produtores de leite do país. Este é um dos mais antigos pleitos da entidade, com potencial para agregar valor a quem produz este tipo de leite. Há dois anos conseguimos o aval do MAPA para destacar a origem das vacas com genótipo A2A2 e agora obtivemos a aprovação da Anvisa para inclusão da informação sobre o benefício da digestão”, assinala Geraldo Borges.
Por: Assessoria ABRALEITE
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