Aumento se deve a oferta do gado que estava estocado e chegou ao ponto de terminação no mês passado
O abate de bovinos em Mato Grosso atingiu 435,54 mil cabeças em maio, volume 53,8% acima do registrado em abril (283,26 mil cabeças). O desempenho ficou 5,2% acima do observado no mesmo mês do ano passado (413,84 mil cabeças) e foi o maior volume mensal desde janeiro de 2015. Os números foram divulgados pelo Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea), em seu boletim semanal sobre a pecuária de corte.
Os analistas do Imea observam que o setor em 2017 vinha de um dos piores inícios de ano da história. O volume abatido no primeiro quadrimestre foi o menor dos últimos oito anos.
Segundo o boletim, o aumento de 53,76% no abate total de bovinos mato-grossenses foi puxado pelo maior volume de machos na linha de abate, visto que esta categoria registrou crescimento de 59,49%, compondo 51,42% do total abatido.
Os técnicos explicam que os motivos para o aumento do abate são diversos: o gado que ficou estocado em abril/17 entrou na linha de abate em maio/17; houve retomada de operação de várias plantas frigoríficas (necessidade de compor escala); a campanha de vacinação contra aftosa e o início – ainda tímido – do período de estiagem.
Eles observam que também houve um acréscimo na oferta de bovinos, o que influenciou na queda dos preços, apesar de não ser o principal motivo. “Para os próximos meses a seca deve apertar e quem não tem condições de manter o animal no pasto ou de suplementar, enfrentará dificuldades”, alertam os técnicos.
Na semana passada o preço do boi gordo em Mato Grosso recuou pela quinta semana consecutiva. A cotação da arroba recuou 0,18% para R$ 120,76. O preço do bezerro acompanhou o mercado do boi gordo e caiu 3,54% para R$ 1.065,23/cabeça. Com a redução mais acentuada da cotação do boi gordo em São Paulo do que em Mato Grosso, o diferencial de base SP-MT registrou aumento de 1,75 ponto percentual para menos 9,08%.