Ao apontarem que, no primeiro semestre de 2019, o número de cabeças de frango abatidas em estabelecimentos inspecionados permaneceu praticamente estável em relação ao mesmo semestre de 2018, enquanto o volume de carne produzida recuou quase 1,5%, os dados recentemente divulgados pelo IBGE também mostram que praticamente um terço dos abates e da produção nacional esteve concentrado em apenas um estado, o Paraná
Aliás, considerados os números de Santa Catarina e Rio Grande do Sul, os três estados componentes da Região Sul respondem por cerca de três quintos (60,48%) do total nacional abatido. Porém, mesmo somadas, as produções catarinense e gaúcha (pouco mais de 800 milhões de cabeças no semestre) não alcançam a produção paranaense (924 milhões de cabeças).
Mas o que mais chama a atenção nesse levantamento é o fato de 95% dos abates nacionais estarem concentrados no Centro-Sul do País. Ou seja: as 16 Unidades Federativas que compõem Norte e Nordeste do Brasil respondem por apenas 5% dos abates nacionais.
Apenas como curiosidade é Interessante comparar, na tabela abaixo, o desempenho das UFs ocupantes do terceiro e quarto lugares, respectivamente Rio Grande do Sul e São Paulo. Ou seja: enquanto o número de cabeças abatidas em abatedouros paulistas correspondeu a, aproximadamente, 73% do volume gaúcho, o volume de carne produzida em São Paulo representou 94% da produção sul-rio-grandense.
Tais diferenças são devidas, exclusivamente, ao tipo de frango criado numa e noutra UF. Ou seja: no Rio Grande do Sul predominam os “grillers” (destinados à exportação) e os galetos – daí o frango local pesar, em média, 2,016 kg.
Já o frango abatido em São Paulo pesa quase 600 gramas a mais (2,606 kg por cabeça abatida, volume quase 30% maior), desempenho explicado pelo fato de o comércio local estar centrado no frango recortado, item que solicita aves mais pesadas.
Fonte: Avisite