Em parceria com a Associação dos Criadores de Suínos de Mato Grosso (Acrismat), o Instituto de Defesa Agropecuária de Mato Grosso (Indea/MT) inicia nesta quarta-feira (10.08), às 8h, em sua sede na avenida jornalista Arquimedes Pereira Lima (Estrada do Moinho) o levantamento sorológico sobre a Peste Suína Clássica (PSC). O teste obrigatório servirá para manter Mato Grosso na condição de livre da PSC, conforme reconhecimento feito pela Organização Mundial de Saúde Animal (OIE).
Para reforçar a ação, o Indea fará o treinamento de cerca de 74 médicos veterinários distribuídos nas 13 Unidades Regionais de Supervisão e a entrega do material destinado à coleta sorológica adquirido mediante parceria técnica com a Associação dos Criadores de Suínos de Mato Grosso (Acrismat) que disponibilizou todo o material laboratorial para a realização das coletas.
Determinado pelo Ministério da Agricultura e Abastecimento (Mapa), o teste de sorologia é realizado em suínos de subsistência, popularmente conhecidos como ‘suínos de fundo de quintal’, visto que os que são comercializados de granjas credenciadas passam por constantes testes para validar a qualidade da carne.
De acordo com o veterinário da Acrismat, Igor Queiroz, o procedimento, que acontece a cada dois anos, baseia-se na coleta sanguínea dos suínos, centrifugação do sangue e posterior encaminhamento do soro para o Laboratório Oficial do Ministério. “O exame avalia se existe a circulação do vírus para peste suína clássica na propriedade e nos suínos ali presentes, bem como possibilita avaliar a origem da contaminação”, explica.
Serão 320 propriedades fiscalizadas que possuem suínos com a finalidade de subsistência em 107 municípios estaduais. Estima-se uma média de 1800 amostras para encaminhamento e análise no Laboratório Oficial do Ministério da Agricultura Pecuária e Abastecimento.
“Com o reconhecimento internacional da Organização Mundial de Saúde Animal de que somos uma região livre da Peste Suína Clássica precisamos manter o nosso status e, ações como essa reforçam os nossos projetos e nos possibilita manter um alto padrão de qualidade e sanidade do nosso rebanho”, explica o presidente do Indea/MT, Guilherme Nolasco.
O presidente da Acrismat, Raulino Teixeira, lembra que Mato Grosso está livre da doença há anos, e manter o status garante que a carne suína mato-grossense possa conquistar novos mercados. “Dentre as diretrizes da associação, está o apoio sempre que possível para as atividades que garantam a sanidade e a qualidade da carne suína, favorecendo a categoria”, ressalta.
Atualmente a suinocultura em Mato Grosso gera 3.505 empregos diretos e 10.515 indiretos. Ao todo são 416 granjas comerciais espalhadas em 33.678 propriedades cadastradas no Estado. O Estado possui um plantel de 1,5 milhão de cabeças de suínos, dos quais 138 mil são matrizes.