Os preços do açúcar abriram hoje (13) valorizados na Bolsa de Nova York. No vencimento maio/17, a commodity subiu 22 pontos e foi cotada a 18,22 centavos de dólar por libra-peso. Na tela julho/17, o preço ficou em 18,19 centavos de dólar por libra-peso, alta de 17 pontos no comparativo com a sessão anterior.
Esse nível de preço foi previsto pelo Diretor da Archer Consulting, Arnaldo Luiz Corrêa há algumas semanas em seu comentário semanal. “O que nos surpreende é a velocidade com a qual o mercado mergulhou de cabeça abaixo dos 18 centavos de dólar por libra-peso. Desde o pico de 23.90 centavos de dólar por libra-peso negociado em outubro passado, o mercado despencou 25%”, explicou Corrêa.
“Os números, sempre de difícil digestão, que vem da Índia trazem enorme volatilidade ao mercado e assim continuarão por muito tempo. O argumento principal é a dificuldade, por parte da maioria dos traders, em acessar os números daquele país. Despejam-se dados ao vento como se fossem axiomas intocáveis e a não validação óbvia dessas previsões injeta mais volatilidade aos preços (a volatilidade das opções subiu esta semana)”, argumenta o diretor.
Arnaldo ainda prevê, pelo histórico de preços dos últimos anos, mais quedas no mercado de açúcar entre abril e junho deste ano. “Existe chance de os preços no período abril-junho atingirem 16-17 centavos de dólar por libra-peso? Absolutamente, sim. No entanto, para que isso não ocorra, alguns fatores baixistas teriam de ser eliminados tais como a safra no Centro-Sul maior do que 600 milhões de toneladas de cana, o petróleo abaixo de 50 dólares por barril, o aumento dos juros americanos que pressionam os ativos de risco. Está fácil ser altista, não é mesmo?”.
Londres
Em Londres, os preços também tiveram valorização na última sexta-feira. No vencimento maio/17, os negócios foram firmados em US$ 512,40 a tonelada, alta de 2,50 dólares. No lote agosto/17, ela foi cotada a US$ 504,80 e subiu 2,60 dólares. As demais telas também registraram alta.
Mercado Interno
No mercado interno, o açúcar cristal voltou a cair, registrando a quarta queda consecutiva da commodity. Os negócios foram firmados em R$ 78,36 a saca de 50 quilos, desvalorização de 0,51%, segundo o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea/Esalq), da USP.
Por Camila Lemos/Agência UDOP de Notícias