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Atualização sobre Programa de Vigilância para Aftosa reuniu mais de 70 pessoas nesta quarta-feira
Representantes de dois blocos do Programa Nacional de Vigilância para a Febre Aftosa (Pnefa) participaram de reunião na manhã desta quarta-feira(17). Ao todo mais de setenta participantes dos setores público e privado estiveram presentes no encontro promovido pela Divisão de Febre Aftosa do Ministério da Agricultura.
O bloco I é composto por Acre, Rondônia, Amazonas e Mato Grosso, e o bloco V, integrado por Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná. O presidente do Fundo de Desenvolvimento e Defesa Sanitária Animal do RS, Rogério Kerber, falou em nome do bloco do Sul. Nas conclusões, Kerber salientou que as entidades da região sentem a necessidade de um envolvimento maior do Ministério da Agricultura na abertura de novos mercados, tendo em vista o status sanitário de área livre de febre aftosa sem vacinação.
O diretor do Departamento de Saúde Animal – DSA, do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento – MAPA, Geraldo Marcos de Moraes, fez uma atualização das principais questões nacionais e afirmou que a busca por novos mercados é um processo lento de negociações. “Japão já iniciou a análise de risco para o Paraná e o Rio Grande do Sul para carne suína. Temos missões agendadas com o Chile, e estamos avançando com a Argentina e com o Uruguai para colocar a carne com osso no país vizinho”, revelou. Geraldo também destacou que o Brasil está avançando no debate sobre banco de vacinas e que já está integrando o grupo gestor do Banvaco – Banco Regional de Antígenos e Vacinas para a Febre Aftosa, que tem a participação de países da América do Sul.
Na reunião, realizada por plataforma virtual, o consultor Luís Gustavo Corbellini, apresentou o Programa de Vigilância Baseada em Risco, que vai atuar no alinhamento dos programas de educação e comunicação em saúde animal, na promoção e consolidação da sociedade, no aprimoramento dos mecanismos de vigilância e no fortalecimento do sistema de prevenção e detecção precoce.
Plano Estratégico do Programa Nacional de Vigilância para a Febre Aftosa
O Plano Estratégico do Programa Nacional de Vigilância para a Febre Aftosa (PE-PNEFA) tem como objetivo principal “criar e manter condições sustentáveis para garantir o status de país livre da febre aftosa e ampliar as zonas livres de febre aftosa sem vacinação, protegendo o patrimônio pecuário nacional e gerando o máximo de benefícios aos atores envolvidos e à sociedade brasileira”.
Foi delineado para ser executado em um período de 10 anos, iniciando em 2017 e encerrando em 2026. Está alinhado com o Código Sanitário para os Animais Terrestres, da Organização Mundial de Saúde Animal (OIE), e com as diretrizes do Programa Hemisférico de Erradicação da Febre Aftosa (PHEFA), convergindo com os esforços para a erradicação da doença na América do Sul. Um dos seus objetivos é a substituição gradual da vacinação contra a febre aftosa, em todo o território brasileiro, que implica na adoção de diversas ações a serem desenvolvidas em âmbito municipal, estadual e nacional, com o envolvimento do Serviço Veterinário Oficial (SVO), setor privado, produtores rurais e agentes políticos.
Por: Thais D’Avila
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