Pelas imagens de satélite dessa manhã de quarta-feira é possível observar muitas áreas de instabilidade sobre a região central do Brasil
Com isso, já há registros de chuvas em diversas localidades de Rondônia, Mato Grosso e em Minas Gerais. Esse tempo mais fechado e com possibilidade de ocorrência de chuvas a qualquer hora do dia irá atrapalhar o pleno andamento da colheita da soja e posterior plantio do plantio safrinha, uma vez que ainda há muitos produtores semeando seus campos.
E segundo os mapas de previsão esse tempo mais fechado e com possibilidades para ocorrências de pancadas de chuvas irá se manter inalterado até amanhã, quando na sexta-feira volta uma condição de tempo mais aberto e sem chuvas. Entretanto, a passagem de uma frente fria pela região Sul e Sudeste no começo da semana que vem poderá novamente, deixar o tempo mais fechado e com chuvas a qualquer hora do dia. E esse deverá ser o padrão do tempo ao longo de todo o mês de março em grande parte da região centro-norte do País. Ou seja, pancadas de chuvas quase que diárias, mais bem irregulares, podendo até mesmo ocasionar alguns bolsões de chuvas abaixo da média, enquanto em regiões vizinhas, chuvas bem acima da média.
Esse padrão meteorológica está diretamente associado ao enfraquecimento da “La Niña” e consequentemente o aquecimento das águas do Pacífico, que irão, principalmente na segunda quinzena de março provocar chuvas bastante volumosas sobre a região Sul, juntamente sobre as áreas produtoras da Argentina.
Mas até o final da próxima semana, a tendência é que os corredores de umidade ainda continuem sobre a metade norte do País. Mas mesmo essa condição de chuvas mais escassas entre o Rio Grande do Sul e São Paulo, incluindo boa parte do Mato Grosso do Sul, não irá ocasionar perdas ou prejuízos aos produtores, apenas manterá uma condição mais favorável a realização da colheita. E mesmo no Sudeste, lavouras de café e de cana de açúcar continuarão sendo beneficiadas, uma vez que os níveis de umidade do solo estão elevados.