A passagem de uma frente fria pelo Rio Grande do Sul nesse final de semana, provocou chuvas em vários pontos da região sul do Estado, elevando os níveis de umidade do solo, garantindo assim, melhores condições ao desenvolvimento das lavouras e, principalmente ao uso da irrigação, que até então está com sérios problemas a sua utilização, além das lavouras apresentarem sinais visíveis de forte estresse hídrico
E o bom é que ao longo dessa semana há previsão de mais chuvas não só para a metade sul do Rio Grande do Sul, mas bem como para toda a região Sul do Brasil. Entretanto, vale ressaltar que para o Paraná, sul do Mato Grosso do Sul e Paraguai, essa previsão de mais chuvas para esse começo de semana não é nada animador, uma vez que a mais de 30 dias, as chuvas não estão dando tréguas à essas localidades. Somente a partir de quarta-feira (24) é que há previsão de tempo mais aberto e com previsões apenas para eventuais pancadas de chuvas irregulares.
E tais condições meteorológicas tem causado fortes prejuízos/perdas às lavouras, uma vez que o excesso de umidade associado a maturação avançada das lavouras de soja, tem causado apodrecimento dos grãos e altíssimas incidências de doenças. Ocasionando perdas. O problema agora é avaliar de fato, qual o tamanho dessa perda, pois mesmo aquelas lavouras que não estão em fase de maturação, as baixas taxas de radiação solar, bem como o solo encharcado a vários e vários dias consecutivos e a presença de doenças deverão impactar negativamente na produção.
Por outro lado, em toda metade norte do País, o que se escuta é quando as chuvas irão retornar, uma vez que já há diversas localidades que estão a mais de 15 dias sem receber uma só gota de chuva. O que causa apreensão por parte dos produtores, pois a grande maioria das lavouras encontram-se na fase de enchimento de grãos. Mas a boa notícia é que o avanço de frentes frias durante essa semana irão levar chuvas a todas essas localidades, até o final dessa semana. Ou seja, até o final de semana vão ser registradas chuvas em, praticamente, todas as regiões produtoras do Brasil, possibilitando uma elevação da umidade do solo, térmico do estresse hídrico e consequentemente excelentes condições ao retorno do pleno desenvolvimento das lavouras. Pois segundo os modelos/mapas de previsão já no começo de fevereiro e ao longo de todo o mês, não há previsão de que venham ocorrer novos períodos de estiagem prolongada em nenhuma parte do País, nem mais excesso de dias chuvosos. Apenas uma condição mais dentro da normalidade, ou seja, condições meteorológicas típicas do verão.
Desse modo, todos os trabalhos de campo, como colheita, plantio e tratos culturais poderão estar sendo realizados sem grandes problemas/transtornos ao longo dessas próximas 3 semanas.