O avanço da frente fria associado ao corredor de umidade que está sobre grande parte do Brasil central deixará o tempo instável e com possibilidades para eventuais pancadas de chuvas em grande parte do Brasil ao longo dessa quinta-feira
Também há previsões de chuvas fortes, como já mostra as imagens de satélite sobre o Paraguai. E ao longo desses próximos 3 dias, esses sistemas estarão mantendo o tempo instável, consequentemente com previsões para pancadas de chuvas em, praticamente grande parte do País. Assim, áreas que hoje já registram mais de 15 dias sem chuvas, voltarão a receber bons volumes de chuvas até domingo. Aliviando totalmente o estresse hídrico e melhorando as condições ao desenvolvimento das lavouras.
Aos poucos as chuvas que até o momento estavam mais concentradas sobre o Sul do Brasil, passarão a ficar concentradas sobre a metade norte e com isso, regiões como Sudeste, Centro-oeste, MAPITOBA, Rondônia e Pará, terão chuvas mais generalizadas e em bons volumes durante esses próximos 10 dias. O que resultará, como mencionado acima, condições ideais ao desenvolvimento das lavouras. Porém, por outro lado, essas chuvas poderão atrapalhar as plenas atividades de campo, como a colheita da soja, plantio das lavouras de 2ª safra e a realização dos tratos culturais, como pulverizações. Mas como não está sendo previsto uma invernada, apenas chuvas um pouco mais volumosas e generalizadas, não há previsão de que venha ocorrer quebras nos potenciais produtivos. Apesar de que muitos produtores já apresentam alto nível de preocupação por conta desse veranico.
O problema é que isso será comum daqui pra frente. Não que haverá mais veranicos dessa magnitude, mas com uma tendência de um clima mais próximo da neutralidade ao longo dos meses de fevereiro e março, a possibilidade de que uma semana seja mais chuvosa no sul e outra sobre a região centro-norte poderá vir a ocorrer. No entanto, não há nenhum indicativo de que venham ocorrer longos períodos de estiagem e nem tão poucos longos períodos de invernadas sobre nenhuma área produtora do Brasil. Até mesmo no Paraná onde as chuvas não estão dando tréguas a mais de 35 dias, ocasionando perdas bastante significativas, a tendência é que o tempo abra a partir desse final de semana e com isso, as condições a realização da colheita e dos tratos culturais voltem a ser beneficiadas.
O que iremos ver daqui pra frente são passagens das frentes frias pela Sul do Brasil, mais rapidamente e elas se deslocando para as regiões Sudeste e parte do Nordeste e organizando linhas de instabilidade sobre todas essas regiões e com isso, haverá chuvas frequentes – em especial na forma de pancadas. Sendo que um ou outro dia, poderá sim, apresentar 2 a 3 dias com tempo mais fechado e chuvoso, mas sem que venham ocorrer prejuízos aos produtores, pelo contrário. Mais uma vez, o clima estará colaborando para que o Brasil esse ano obtenha uma excelente safra, em todas as culturas. Com exceção apenas do Paraná, que devido as chuvas intermitentes, desde o final de dezembro, poderá apresentar quebras significantes nessa safra.
Falando um pouco de Argentina, a partir desse próximo final de semana, as chuvas estarão retornando às áreas produtoras e com isso, aliviando o estresse, principalmente do mercado. Porém, como ainda há águas frias na região equatorial do Oceano Pacífico, as próximas semanas não serão de chuvas tão regulares e, sobretudo, acima da média na Argentina e nesse caso, poderei incluir partes do Rio Grande do Sul, mas mesmo com essa previsão, haverá chuvas em, praticamente todas as regiões produtoras da Argentina e do Rio Grande do Sul ao longo desses próximos 20 dias, o que manterá uma condição bastante favorável ao desenvolvimento das lavouras.
Assim, ainda há previsão de que a safra de soja na Argentina venha a ser superior aos 52 milhões de toneladas. O que será uma excelente safra.