A presença de uma massa de ar polar de moderada intensidade está sobre a região Centro-Sul do Brasil, onde o seu centro de alta pressão de 1027 mb encontra-se entre a divisa de Santa Catarina e do Paraná, mais precisamente na região oeste desses Estados
Com isso, essa quarta-feira amanheceu com os termômetros assinalando temperaturas bastante baixas, sendo que em muitos municípios as temperaturas ficaram abaixo dos 5°C. Bem provável de ouvirmos relatos de geadas bem pontuais e de fraquíssima intensidade em alguns pontos do Paraná e São Paulo, mas sem nenhuma consequência negativa às lavouras.
E devido à presença dessa massa de ar polar as temperaturas continuarão baixas até amanhã, sendo que somente entre a sexta e o sábado é que ela começará a se enfraquecer e com isso, as temperaturas gradativamente começarão a subir. Não há riscos para ocorrências de geadas e muito menos danos à alguma cultura.
Com relação as chuvas, por conta também da massa de ar polar, o tempo seguirá aberto e sem previsões de chuvas em praticamente, todo o Brasil, com exceção apenas na faixa leste do Sudeste, compreendendo o Rio de Janeiro, sul do Espírito Santo e sudeste de Minas Gerais. Porém, essas chuvas deverão ser de fraca a modera intensidade e apenas ocasionar paralisações nas atividades de campo, como no caso da colheita do café no ES e em MG. Nas demais regiões do Brasil, com o clima seco, as atividades de colheita prosseguirão sem grandes problemas ao longo dessa semana. E mesmo com a ausência de chuvas, os níveis de umidade do solo nas regiões produtoras de trigo ainda se manterão satisfatórias, favorecendo, portanto, o desenvolvimento das lavouras. Até o momento nada de anormal com o clima, que possa trazer algum tipo de preocupação ou mesmo prejuízos ao setor agropecuário do Brasil.
Falando dos Estados Unidos agora, as previsões continuam sendo de chuvas irregulares e temperaturas acima da média ao longo desses próximos 15 dias. Porém, os níveis de umidade do solo estão excelentes em todas as regiões produtoras. O que, mesmo com chuvas mais irregulares nessas próximas semanas, as condições continuarão muito boas ao desenvolvimento das lavouras. Mas vale lembrar que o clima não será tão perfeito como foi nas últimas 2 safras, mas como choveu muito bem até o final de junho, há a necessidade de que venha ocorrer uma seca de mais de 30 dias, para realmente provocar perdas significativas à produção de grãos nos EUA, algo totalmente improvável de ocorrer. Portanto, apesar de algumas intempéries climáticas, as condições meteorológicas continuarão favorecendo o desempenho das lavouras de soja, milho e algodão e desse modo, proporcionando uma nova estimativa de produção recorde de soja nos EUA esse ano. No caso do milho, a produção só não será maior do que a da safra passada, por conta da diminuição de área, mas mesmo assim, será bem próxima.