A quarta-feira será mais um repeteco do que foi ontem. Tempo aberto em grande parte do Brasil, com previsão de chuvas apenas para a metade norte do Mato Grosso, Rondônia e Pará
Além dessas regiões, ventos que sopram do mar em direção ao continente, levam umidade a toda faixa litorânea do Rio de Janeiro, Espírito Santo e do Nordeste, onde o dia será de tempo nublado e chuvas a qualquer hora do dia. Também não se pode descartar a possibilidade de que venham ocorrer algumas pancadas de chuvas muito isoladas sobre a metade norte de Goiás. Só que aos poucos essas áreas de instabilidade estarão perdendo forças e com isso, a previsão é que essas pancadas de chuvas fiquem cada vez mais irregulares e escassas. Porém, como os níveis de umidade do solo estão elevados, as condições se manterão bastante favoráveis ao desenvolvimento das lavouras de 2ª safra, como milho, algodão e feijão nessas localidades do Brasil.
No MATOPIBA, a ausência de chuvas nesses últimos dias e a previsão de que o tempo irá permanecer firme estará favorecendo o avanço da colheita da soja e do milho, mantendo assim, as perspectivas de excelentes médias de produtividade para a região. O que será de suma importância para que os produtores consigam se capitalizar ainda mais e voltar a investir pesadamente em suas lavouras nas próximas safras. O problema continua sendo em São Paulo, Paraná, Mato Grosso do Sul, metade sul de Minas Gerais e de Goiás, onde o tempo seco e sem previsões para chuvas mantém os produtores e mercado em estado de alerta máximo. Os níveis de umidade do solo vem caindo drasticamente nesses últimos dias, uma vez que as temperaturas vem se elevando gradativamente. E tais condições meteorológicas são totalmente desfavoráveis ao pleno desenvolvimento das lavouras. Assim, muitas lavouras estão e entrarão em forte estresse hídrico nesses próximos dias, comprometendo a produtividade e consequentemente a produção nacional de milho. Já que o Paraná e o Mato Grosso do Sul são o 2º e 3º maiores produtores de milho safrinha do Brasil, respectivamente. Apenas as lavouras de cana de açúcar é que estão sendo beneficiadas, em parte logico, por esse tempo mais firme, uma vez que os trabalhos de colheita estão transcorrendo sem grandes transtornos. Mas por outro lado, essa estiagem desfavorece o pleno desenvolvimento dos canaviais que estão em fase vegetativa. Os modelos de previsão continuam prevendo o retorno das chuvas apenas para a segunda semana de maio, ou seja, após o dia 05/05 e mesmo assim, em Goiás e Minas Gerais essas chuvas deverão ser mais irregulares do que no Paraná, São Paulo e no Mato Grosso do Sul, onde há previsões de chuvas mais generalizadas e em bons volumes ao longo do mês de maio. O problema está que mesmo com o retorno das chuvas na segunda semana de maio, as quebras que irão correr até esse retorno, serão irreversíveis, apenas haverá uma paralisação das perdas. Já no Rio Grande do Sul e em Santa Catarina tanto a quarta-feira quanto o restante da semana serão de tempo aberto e sem previsões de chuvas. Mantendo assim, as condições favoráveis a realização da colheita da soja, milho e arroz. Contudo, deve-se salientar que as chuvas ocorridas nesse inicio de semana não atingiu todas as áreas produtoras e alguns produtores apostaram em lavouras de 2ª safra esse ano, e com a ausência de chuvas generalizadas os níveis de umidade do solo também estão mais baixos. Ainda não podemos diagnosticar reduções nos potenciais produtivos dessas lavouras, mas é fato que as condições não estão tal favoráveis assim. Para finalizar, não há nenhum indicativo de que venham ocorrer temperaturas extremamente baixas nesses próximos dias ao ponto de ocasionar formações de geadas ou até mesmo algum prejuízos as lavouras. Apenas no Sul do Brasil, em especial no Rio Grande do Sul e em Santa Catarina as temperaturas mínimas irão ficar ligeiramente mais baixas, mas nada que venha trazer preocupação. E essa historio de que o nosso outono/inverno será o mais frio dos últimos 100 anos, foi apenas um erro de digitação, pelo menos eu espero que tenha sido, pois antes de falar dos últimos 100 anos era para terem falado dos últimos 100 dias, já que esses últimos 100 dias caiu justamente no verão…. Esses corretores de texto prega cada peça na gente!!!!! |