A linha de instabilidade que está sobre Minas Gerais, Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e Rondônia, mantem o tempo instável nessa quarta-feira e com possibilidades de mais pancadas de chuvas ao longo do dia, como foi observado nessa terça-feira
Entretanto, essas pancadas de chuvas continuarão sendo irregulares. E esse é o grande problema, pois já existem algumas áreas na região do Mato Grosso e de Goiás, onde não há registros de chuvas a mais de 10 dias. Sendo que nessas áreas os solos já apresentam níveis muito baixos de umidade, comprometendo o pleno desenvolvimento das lavouras.
Na região Sul, assim como em grande parte do Matopiba a quarta-feira será de tempo aberto e sem previsões para chuvas. E essa ausência de chuvas, principalmente na metade leste do Rio Grande do Sul já está comprometendo tanto o plantio da soja quanto o desenvolvimento das lavouras de arroz. A grande maioria dos arrozeiros estão tendo que irrigar seus campos para que as plantas consigam se desenvolver e até mesmo germinar. Apesar do arroz ser uma cultura irrigada, esses produtores estão tendo que banhar seus campos muito precocemente. E o grande problema para essas localidades é que não há previsões para ocorrências de chuvas generalizadas ao longo dessa semana. Somente no começo da semana que vem é que uma nova frente fria estará avançando pelo Rio Grande do Sul e com isso, provocando chuvas generalizadas sobre todas as regiões produtoras do Estado. Mas em contrapartida, as principais áreas produtoras de soja – região noroeste do Estado, as condições estão muito boas a excelentes, já que vem chovendo regularmente nessas localidades. E como há previsão de chuvas para o começo da semana que vem, as condições ao desenvolvimento das lavouras se manterão favoráveis.
No Matopiba, apesar da quarta-feira continuar com previsão de tempo seco, a partir dessa quinta-feira, dia 30/11, as chuvas estarão retornando à todas as localidades produtoras, possibilitando assim, uma elevação dos níveis de umidade do solo, garantindo desse modo, que os produtores possam retomar as atividades de plantio. Como sobretudo, manter as condições bastante favoráveis ao desenvolvimento das lavouras que já estão em pleno desenvolvimento. E a tendência é que tanto na região do Matopiba como em todo o Centro-oeste, Sudeste e grande parte do Paraná, Rondônia e Pará, esses próximos 10 dias continuarão sendo para previsões de chuvas quase que diárias. Contudo, ainda continuarão sendo, na maior parte das vezes, irregulares. Mas de certa forma, essas chuvas irão ocorrer sobre todas as áreas produtoras, sejam de soja e milho, bem como sobre as áreas produtoras de café e cana de açúcar.
Desse modo, podemos garantir que a primeira quinzena de dezembro será marcada pelas chuvas regulares e em bons volumes em praticamente, todo o Brasil. Mantendo os solos com níveis bastante satisfatório ao desenvolvimento de todas as lavouras, bem como à realização dos tratos culturais, uma vez que esses períodos chuvosos estarão sendo intercalados com bons períodos de tempo aberto. Lembrando algo que já vimos alertando desde agosto/17 tanto nos Alertas agroclimáticos, como principalmente nas palestras, que esse ano a ferrugem asiática e demais doenças da soja e do café estariam chegando mais cedo, pela alta pressão que essas doenças estariam provocando, num ano onde houve condições mais do que ideais para que isso viesse ocorrer. Além disso, o tempo seco e relativamente quente em setembro e outubro em grande parte da região do cerrado provocou uma elevação na pressão de pragas, principalmente de lagartas.