Pelas imagens de satélite dessa manhã de segunda-feira é possível observar muitas áreas de instabilidade sobre a região central do Brasil, o que irá provocar chuvas em vários pontos de Rondônia, Mato Grosso, Goiás, cerrado mineiro, Pará e em, praticamente todo o MAPITOBA
Essas chuvas tanto em Rondônia, quanto no Mato Grosso e em Goiás, assim, como no norte do Mato Grosso do Sul vem atrapalhando muito o pleno andamento da colheita da soja e posterior plantio do milho safrinha, cuja janela de plantio já está praticamente finalizando. Entretanto, ao longo do dia, apesar da ocorrência de pancadas, essas áreas de instabilidade estarão perdendo forças e com isso, a partir de manhã a previsão será de chuvas, quase que diárias, porém, apenas na forma de pancadas irregulares. As condições ainda não estarão plenas à realização da colheita e, sobretudo ao plantio do milho, mas já haverá uma condição muito melhor do que vem ocorrendo desde o começo da semana passada, onde o tempo invernou sobre grande parte da faixa central do País, impossibilitando a realização dos trabalhos de campo e causando danos às lavouras.
E esse padrão meteorológico, de chuvas apenas na forma de pancadas deverá persistir ao longo de toda a primeira quinzena de março em todo o Centro-oeste, Sudeste no MAPITOBA. Permitindo, desse modo, que as condições para a realização da colheita da soja e plantio do milho transcorra sem grandes problemas. Entretanto, no caso do milho a situação não é tão favorável, já que a janela ideal de plantio vem encurtando dia após dia, sendo que plantios a partir dessa semana já entram numa zona de risco, uma vez que os modelos de previsão de médio e longo prazo preveem chuvas apenas para primeira quinzena de abril. Sendo a segunda quinzena mais seca e com previsão para ocorrência de eventuais pancadas de chuvas no começo de maio.
No Sul, incluindo o sul do Mato Grosso do Sul, as chuvas já estarão retornando nesse começo de semana, porém, será mais no final dessa semana que há previsões de chuvas mais generalizadas e, sobretudo em bons volumes sobre as áreas produtoras dessa região. De um lado esse tempo mais firme vem possibilitando a plena realização da colheita e demais tratos culturais. Mas por outro lado, já existem algumas microrregiões, principalmente no Rio Grande do Sul, que continuam apresentando baixos níveis de umidade do solo, o que compromete o desenvolvimento das lavouras. [
O mesmo vem ocorrendo sobre as regiões produtoras de São Paulo, onde a ausência de chuvas regulares a mais de uma semana e com a previsão de chuvas generalizadas apenas para meados dessa semana, preocupa muitos produtores de soja, milho, café e cana de açúcar, uma vez que os solos vem reduzindo seus níveis de umidade e o forte calor acelera essa redução, bem como prejudica o desenvolvimento das lavouras. Mas mesmo com tais condições, as lavouras ainda continuam apresentando bons aspectos fitossanitários, indicando que haverá bons rendimentos de produtividade nessa safra.
São poucas as áreas de toda a metade sul do Brasil que apresentam lavouras em estados fitossanitários/desenvolvimento ruins. E a tendência com o retorno das chuvas ao longo dessa semana, as condições vem a se manter favoráveis ao desenvolvimento e sobretudo, à produtividade das plantas.
Com relação a nossa vizinha Argentina, mais uma vez houve registros de chuvas em vários pontos das principais regiões produtoras, entretanto, como vem ocorrendo, essas chuvas foram de baixa intensidade e sobretudo, bem irregulares. Mantendo assim, uma total apreensão no mercado, por não saber ao certo com os verdadeiros impactos que essa condição meteorológica possa trazer a produção nacional de soja. Com isso, muitos boatos continuarão sendo divulgados ao longo dessa semana, mas é fato que essas chuvas irregulares estarão mexendo muito com os preços da commodity durante essa semana. Até porque, os modelos de previsão de curto prazo, continuam sinalizando chuvas para esses próximos 15 dias, porém, sempre na forma de pancadas irregulares e de baixa intensidade, mantendo assim, muita apreensão e um pressão muito alta altista sobre os preços.