A massa de ar seca que está sobre grade parte do Brasil, mantem as frentes frias “presas” somente no Rio Grande do Sul, onde há previsões de novas pancadas de chuvas nessa quinta-feira em grande parte do estado gaúcho
Há previsão de que venham ocorrer pancadas de chuvas também sobre áreas de Santa Catarina ao longo dessa quinta-feira. Já em quase toda a totalidade do País, o tempo seguirá aberto e sem previsões de chuvas. Porém, muitos reclamam dessa secura toda, em especial produtores de trigo da metade norte do Paraná e do sul de São Paulo, mas em especial a população urbana e as mídias que enfatizam esse tempo seco, como se fosse algo extremamente anormal. Quero lembra-los que se não ocorrer nenhuma chuva em grande parte do Sudeste, Centro-oeste, bem como no MATOPIBA entre os meses de junho a agosto não tem nada de estranho, o estranho é se esse período fosse chuvoso.
Assim, esse tempo seco agora beneficiando os trabalhos de colheita tanto no milho quanto do algodão, café, citros e da cana de açúcar, bem como as demais culturas de 2ª safra. Além disso esse estresse hídrico que vem ocorrendo nas áreas produtoras de café e de citros está beneficiando de mais a indução floral dessa plantas. Pois, os botões florais estão num processo de amadurecimento uniforme, na qual irão beneficiar um florescimento mais uniforme quando realmente começarem a ocorrer as primeiras grandes pancadas de chuvas, que deverão ocorrer já na segunda quinzena de agosto.
O que está anormal é as temperaturas, uma vez que, devido ao aquecimento das águas equatoriais do Oceano Pacífico, as temperaturas, principalmente as máximas, estão bem acima da média para essa época do ano. E deverão se manter assim, já que não há nenhum indicativo de entradas de massas de ar polar de modera a forte intensidade ao longo desses próximos 15 dias. Desse modo, as temperaturas continuarão com grande amplitude, ou seja, madrugadas com temperaturas mais amenas, mas durante o dia temperaturas bem mais elevadas. Isso sim pode trazer alguma problema ao desenvolvimento de algumas plantas, uma vez que temperaturas altas elevam as taxas de evapotranspiração e como o solo está com baixos índices de umidade, a planta tem dificuldade de se desenvolver. Fato esse que vem agravando as condições das lavouras de trigo do Paraná e de São Paulo.