Para alcançar meta, Maggi enfatiza que país tem que aumentar entrada no mercado asiático
Apesar da crise que foi gerada na Operação Carne Fraca, desencadeada, em março, pela Polícia Federal, o ministro Blairo Maggi (Agricultura, Pecuária e Abastecimento) acredita que o país deverá aumentar sua participação no agronegócio mundial dos atuais 7% para 10% nos próximos anos. Maggi demonstrou otimismo em relação a essa meta ao falar na tarde desta terça-feira, 9 de maio, no seminário Correio Debate A Força do Agronegócio e o Distrito Federal, promovido pelo Correio Braziliense.
De acordo com Maggi, governo e empresários estão extremamente empenhados em retomar fatias de mercado perdidas após a operação. “De 80 países que questionaram o governo federal acerca da qualidade da carne brasileira, 70 retomaram o comércio”, afirmou. Alguns mercados retomaram as negociações com regras mais rigorosas de fiscalização, segundo o ministro. Mas isso não é problema, considerou. “O aumento de exigências internacionais é positivo, uma vez que nosso sistema é forte, robusto e os padrões brasileiros estão dentro das conformidades mundiais”.
Maggi aproveitou para enfatizar o respeito a regras ambientais estabelecidas na legislação brasileira por parte dos produtores rurais.“Estamos conseguindo aumentar a produção agrícola sem promover novos desmatamentos”.
Foco na Ásia – E enfatizou a importância de ampliar o leque de produtos destinados à exportação. “Somos grandes exportadores, com poucas ofertas. Nosso país possui 12 produtos que equivalem a 88% de toda a pauta de exportações”.
Com o propósito de ocupar cada vez mais espaço no mercado internacional, o governo brasileiro está mirando, especialmente crescer na Ásia. “Previsões apontam que, em 2050 o planeta terá população em torno de nove bilhões de pessoas, sendo que 51% concentrados no continente asiático”.
Em relação ao Distrito Federal, Blairo Maggi disse que apesar de ser um território pequeno, a região se destaca com uma pauta diversificada de produtos, o que é muito interessante.
Fonte: Mapa