Considerada a “Capital Nacional do Algodão“, Campo Verde está localizado a 139 km de Cuiabá, em Mato Grosso. É um dos maiores municípios produtores de algodão no estado e também no país.
A produção de algodão do município se destaca pela qualidade da fibra, resistência e comprimento. Todo esse potencial tem atraído novos investidores para a cadeia do algodão na região. A prefeitura oferece como um dos atrativos para investimentos, o incentivo fiscal.
O prefeito de Campo Verde, Alexandre Lopes, afirma que o principal objetivo do município é trazer mais investidores para a cidade. “Essa matéria-prima necessariamente precisa ser verticalizada, logicamente que nós precisamos de todos os incentivos, mas também precisamos manter os incentivos da produção”, diz Alexandre.
O algodão começou a ser implantado em Campo Verde em 1994, com as primeiras áreas sendo cultivadas ainda de forma experimental. O bom desenvolvimento das lavouras, a ótima produtividade alcançada e a excelente qualidade da fibra, fizeram com que o cultivo do algodão se expandisse e se transformasse em uma das principais bases de sustentação da economia do município.
Os resultados obtidos na cotonicultura, graças às características climáticas – com períodos de seca e de chuva bem definidos, ao solo e ao alto grau de tecnologia aplicada no cultivo das lavouras, deram a Campo Verde o título de “Capital Nacional do Algodão”.
Polo têxtil
Atualmente, o município é considerado um polo têxtil, onde são realizadas algumas etapas do processo de beneficiamento da fibra. Este polo conta com 15 usinas beneficiadoras de algodão.
Para o presidente da Associação Brasileira de Produtores de Algodão, Alexandre Schenkel, a condição climática é favorável e ajuda na formação da fibra. “Com um clima favorável à produção, você consegue ter um produto com maior qualidade e produtividade também”, explica.
Schenkel acredita que o Brasil será o maior exportador mundial da fibra em breve, mas isto não é tudo, “Vamos colocar em operação, ainda nesta safra, o Programa de Autocontrole para a Certificação de Conformidade da Qualidade do Algodão Brasileiro, iniciativa chancelada pelo Ministério da Agricultura, que será como um “passe livre” para o nosso produto, em mercados como a China, inicialmente, e, depois, para todos os demais países compradores e para a indústria nacional.“, afirma o presidente.
De acordo com o responsável comercial da Cooperfibra, Carlos Alberto Menegatti, o processo começa assim que o produto sai do campo e as algodoeiras fazem o beneficiamento.
“Assim que o fardo chega na algodoeira, ele é aberto. A máquina vai extraindo camada por camada das fibras. As máquinas vão batendo essas camadas de fibra e vão tirando as impurezas. Por último, uma máquina paraleliza todas essas fibras para enviar o material para a máquina de fiação para produzir o fio, que é o produto final dessa indústria”, explicou.
Por Vicente Delgado – AGRONEWS®