Para os municípios das regiões Norte, Médio Norte e Noroeste, o período começa apenas em 15 de outubro
Os produtores de algodão dos municípios que integram os núcleos regionais Centro, Centro Leste e Sul (regiões de Campo Verde, Primavera do Leste e Rondonópolis, respectivamente), têm até o próximo sábado (dia 30) para concluir a destruição dos restos culturais do algodoeiro. A partir de 1º de outubro começa o período de vazio sanitário nos municípios que integram a Região I, de acordo com a Instrução Normativa Conjunta Sedec/Indea-MT nº 001/2016, que dispõe sobre medidas fitossanitárias para controle do bicudo-do-algodoeiro em Mato Grosso. O vazio sanitário terminará em 30 de novembro e a semeadura da próxima safra estará liberada a partir de 1º de dezembro.
A legislação vigente dividiu o Estado em duas grandes regiões no que diz respeito ao calendário de plantio do algodoeiro e ao vazio sanitário, período caracterizado pela ausência de plantas com risco fitossanitário e restrição de plantio.
Na Região II, integrada por municípios dos núcleos regionais Norte (regiões de Lucas do Rio Verde e Sorriso), Médio Norte (região de Campo Novo do Parecis) e Noroeste (região de Sapezal), a destruição dos restos culturais deve ser concluída até 14 de outubro e o vazio sanitário começa no dia 15. O período termina em 14 de dezembro e o plantio da safra 2017/2018 poderá ser iniciado a partir de 15 de dezembro.
Para Alexandre Schenkel, presidente da Associação Mato-grossense dos Produtores do Algodão (Ampa), é importante o produtor estar atento às determinações do Indea-MT para evitar uma pressão maior de pragas como o bicudo na próxima safra, já que o vazio sanitário visa eliminar a chamada “ponte verde”, responsável pela alimentação de insetos-praga e vetores de doenças do algodoeiro no período de entressafra.
Fiscalização – No final de agosto passado, 47 fiscais do Indea-MT participaram de treinamento cujo principal objetivo foi qualificar os técnicos que atuam em municípios com produção algodoeira. Durante um dia, eles estiveram reunidos no Centro de Treinamento e Difusão Tecnológica do Núcleo Regional Centro Ampa/IMAmt, onde assistiram a palestras de pesquisadores e outros profissionais do IMAmt.
A iniciativa de promover o treinamento, segundo Thiago Augusto Tunes, coordenador de Defesa Sanitária Vegetal (CDSV) do Indea-MT, foi tomada em razão “da necessidade de uniformizar procedimentos de fiscalização”, baseada na Instrução Normativa Conjunta Sedec/Indea-MT nº 001/2016. Além de ter alterado os calendários de plantio e vazio sanitário, essa IN introduziu outras mudanças como a inclusão do conceito “planta com risco fitossanitário” em substituição ao de “planta viva”.
Plantas do algodoeiro tigueras (plantas germinadas voluntariamente em qualquer lugar que não tenham sido semeadas) acima do estádio V3 e plantas rebrotadas (soqueiras) com mais de quatro folhas por broto ou estruturas reprodutivas são consideradas plantas com risco fitossanitário.
Circular Técnica – Todas as informações sobre o vazio sanitário do algodoeiro em Mato Grosso estão disponíveis na Circular Técnica do IMAmt nº 24/2016, elaborada pelo pesquisador Edson Ricardo de Andrade Junior e por Marcio de Souza, coordenador de Pesquisas e Difusão de Tecnologias do IMAmt. A publicação, que pode ser conferida no link, traz a íntegra da IN Conjunta Sedec/Indea-MT 001/2016.
Fonte: Ampa