Os altos custos dos fretes marítimos, que aumentaram em média 170% em 2021, chegando a 500% em alguns casos em junho, e a falta de contêineres impactaram as vendas externas de arroz no primeiro semestre. Este cenário resultou em um recuo de 41% nas exportações do cereal de janeiro a junho, em relação ao mesmo período de 2020. Já as importações aumentaram 60%, em igual comparação. Os números foram divulgados nesta sexta-feira (9) pela Associação Brasileira da Indústria do Arroz (Abiarroz), com base em dados do Ministério da Economia.
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De janeiro a junho, informa a Abiarroz, o Brasil exportou 475.962 toneladas de arroz (base casca), contra 953.334 t de igual período de 2020. Os principais destinos do produto brasileiro no primeiro semestre foram o Peru, a Holanda e o Senegal.
“O alto valor do frete marítimo e a indisponibilidade de espaços nos navios acarretaram perdas de negócios internacionais no setor arrozeiro brasileiro”, pontua o diretor de Assuntos Internacionais da Abiarroz, Gustavo Trevisan. Segundo ele, esses fatores provocaram uma redução de 33% no desempenho das exportações.
A pandemia, assinala Trevisan, prejudicou o setor logístico. “Algumas empresas reduziram ou suspenderam as operações. Além disso, casos de covid-19 em tripulações afetaram o fluxo dos fretes, diminuindo a oferta do serviço de transporte marítimo. Só em junho, deixamos de embarcar cerca de 15 mil toneladas de arroz (base casca).”
No primeiro semestre, as importações de arroz somaram 571.775 toneladas. No mesmo período de 2020, o país importou 461.157 t.
No mês de junho, o Brasil exportou 70.206 t do cereal (base casca) e importou 86.884 mil t.
Por Abiarroz
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