Ao contrário de outros alimentos, as carnes continuam em alta – aponta FAO

O Índice FAO de Preços dos Alimentos (FPPI, na sigla em inglês) recuou pelo terceiro mês consecutivo, retrocedendo em agosto passado a pouco menos de 170 pontos, índice quase 4,5% inferior ao de maio, mês em que foi registrado o maior FPPI de 2019

Esse retrocesso vem sendo causada por laticínios, cereais e açúcar que, comparativamente aos valores de maio, tiveram seus preços reduzidos em, respectivamente, 14%, 3% e 0,66%. Ou seja: salvaram-se apenas os óleos vegetais (+5%) e as carnes (+3%).

Embora menor, o índice de aumento das carnes é o mais consistente, pois permanece num crescendo contínuo desde fevereiro. Alcançou em agosto marca próxima dos 180 pontos, resultado quase 8% superior ao do mesmo mês de 2018. Já em sentido oposto, os cereais – que um ano atrás registravam quase a mesma evolução de preço das carnes – agora têm um preço cerca de 6,5% inferior ao de agosto do ano passado.

Analisando, especificamente, o desempenho das carnes no mês de agosto de 2019, a FAO teceu as seguintes considerações:

  • Carne suína: no mês as cotações do produto se fortaleceram ainda mais, sustentadas por uma forte demanda asiática, principalmente da China, onde a Febre Suína Africana continua a limitar a produção de carne suína. No ano os preços do produto registram valorização de 21%;
  • Carne de frango: a despeito de uma forte demanda no mercado internacional, as cotações do produto permaneceram relativamente estáveis, como reflexo do aumento das disponibilidades por parte das principais regiões produtoras. No ano, o preço do produto experimenta incremento de 12,73%.
  • Carne bovina: embora o comércio internacional tenha permanecido firme, a cotação do produto sofreu queda marginal. Neste caso, em decorrência do enfraquecimento das moedas de alguns grandes exportadores, aqui inclusa a Austrália. No ano, a valorização acumulada pela carne bovina se encontra em 5,63%.

Fonte: Avisite

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