A conclusão é resultado de uma pesquisa realizada pela Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), através do núcleo Pantanal (MS), e pela Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (ESALQ), ligada à Universidade de São Paulo. A pesquisa teve por fim identificar possíveis vantagens do uso de sêmen refrigerado comparado ao congelado. Os pesquisadores fizeram uso do sêmen refrigerado dentro de um programa chamado de inseminação artificial em tempo fixo (IATF) e chegaram à conclusão que esse método proporciona maiores taxas de prenhez. A IATF promove a sincronização da ovulação das fêmeas bovinas após a administração de medicamentos em dias predeterminados.
Segundo a pesquisa, após avaliação das vacas inseminadas, identificou-se um aumento em torno de 20% nas taxas de prenhez. Esse aumento ocorreu por causa da preservação da membrana plasmática do espermatozoide, que sofre variações menores de temperatura em relação ao congelado, aumentando sua viabilidade. A pesquisa da Embrapa/ESALQ consistiu na coleta de sêmen de três touros melhoradores em uma propriedade que fica próxima a Corumbá (MS); o material (refrigerado a cinco graus) foi transportado de avião até outra fazenda localizada no mesmo estado. Após 24 horas foi usado na inseminação das fêmeas. Para análise, comparou-se cerca de 400 bovinos submetidos a estas condições. Outras 400 vacas foram inseminadas por meio de protocolos regulares usando sêmen congelado dos mesmos animais. Segundo os pesquisadores da Embrapa, a taxa de prenhez obtida com o sêmen refrigerado foi de 59,9%. Já a do sêmen congelado foi de 49,9%. Foto: Eraxion – iStock