O arroz brasileiro segue conquistando acesso a destinos não tradicionais
Em março, um dos destaques foi a exportação para o Reino Unido, resultado das ações de divulgação do cereal desenvolvidas pela indústria arrozeira nacional no mercado global. No mês passado, as vendas externas de arroz (base casca) totalizaram 118,3 mil toneladas, alcançando 79 países das Américas, África, Ásia e Europa, informa a Abiarroz (Associação Brasileira da Indústria do Arroz).
A receita dos embarques de arroz em março foi de US$ 45,6 milhões, ante US$ 49,9 milhões do mesmo mês de 2022, quando os envios atingiram 179,4 mil toneladas, de acordo com a Abiarroz, com base em dados do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC).
As exportações de arroz beneficiado, de maior valor agregado, totalizaram 13,1 mil toneladas, o equivalente a US$ 6,1 milhões, em março deste ano. Os principais destinos do beneficiado foram Peru, Estados Unidos, Cabo Verde, Arábia Saudita, Bolívia, Trinidad e Tobago, Canadá, Barbados, Reino Unido e Bahamas.
Ainda segundo a Abiarroz, no primeiro trimestre (janeiro/março), as vendas externas de arroz alcançaram 370,8 mil toneladas, com faturamento de US$ 124,3 milhões. Nos primeiros três meses de 2022, o Brasil exportou 450,2 mil toneladas, com divisas de US$ 132,5 milhões.
Ações de promoção comercial
No primeiro trimestre do ano, a Abiarroz, por meio do projeto Brazilian Rice, desenvolvido em parceria com a ApexBrasil (Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos), realizou ações no México e na China, visando impulsionar as exportações.
No México, foram realizadas rodadas de negócios com potenciais compradores do arroz beneficiado. Na China, a entidade participou da missão empresarial organizada pelo Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) e pela ApexBrasil.
Ambos os mercados são estratégicos e grandes consumidores de arroz. No caso da China, a Abiarroz vem trabalhando desde 2016 com o governo brasileiro para a abertura do mercado para o arroz beneficiado.
“Há uma demanda crescente pelo arroz quebrado na China, com aumento de mais de 500% das importações do produto entre 2013 e 2022. É uma oportunidade para o Brasil, já que a Índia, principal fornecedora, manteve a proibição de exportação de arroz quebrado”, diz a gerente de Exportação da Abiarroz, Carolina Matos.
A entidade defende a inclusão do arroz beneficiado na pauta da missão do governo brasileiro à China, liderada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva. A entidade espera também a abertura do mercado chinês ao arroz do Brasil.
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