Brasil produz 7% do leite no mundo, mas há lentidão no avanço da produção

Segundo o compêndio Pecuária Leiteira: “Análise dos Custos de Produção e da Rentabilidade nos Anos de 2014 a 2017”, publicado pela CONAB, o Brasil é responsável por cerca de 7% do leite produzido no mundo e é o quinto maior produtor mundial.

Minas Gerais é o principal estado produtor, com 27,10% da produção nacional, seguido dos estados do Rio Grande do Sul, Paraná, Goiás, Santa Catarina, São Paulo e Bahia, todos com produção média anual superior a um bilhão de litros.

A produção mundial apresenta média anual de crescimento de 1,5%, alcançando uma média de 462,4 milhões de toneladas por ano. A produção brasileira cresce 2,4% ao ano, crescimento superior à média mundial no período em estudo. A evolução da produtividade nos países produtores mostra que o Brasil ainda possui condições de aprimorar o processo produtivo e alcançar melhores patamares de produtividade.

Entre 2008 e 2016, o Brasil foi responsável, em média, por 7% da produção mundial de leite, o que o coloca na quinta posição em termos de volume. Os quatro maiores produtores no período foram União Europeia (30,47%), Estados Unidos (19,6%), Índia (12,8%) e China (7,21%) que, junto com a produção brasileira, somam 76% do total Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (Usda). A Rússia, o sexto colocado em termos de média produzida, foi responsável por 6,5% da produção. Os países mais populosos do mundo (China e Índia) foram responsáveis por cerca de 20% da Produção leiteira.

Estudo aponta lentidão no avanço da produção de leite no Brasil

Diante do levantamento realizado pela Conab, a produtividade do leite no país caminha lentamente. A instituição mostra que, no ano de 2014, houve um avanço de 35 bilhões de litros de leite. No entanto, percebe-se que Minas Gerais registra uma média de 27% do total da bebida no Brasil.

Enquanto isso, Rio Grande do Sul e Paraná evoluíram semelhantemente em termos de produção. É notório a redução na produtividade de Goiás e um avanço em Santa Catarina. Ambos apresentam uma média anual superior a um bilhão de litros de leite.

Segundo a entidade, o rebanho leiteiro de vacas ordenhadas no País teve o seu ponto máximo no ano de 2011, com 23,2 milhões de gados. O rebanho foi reduzido nos dois anos seguintes. No ano de 2014, teve um crescimento que chegou pouco mais de 23 milhões de cabeças.

O volume de vacas ordenhadas tem reduzido, chegando ao ponto mínimo no ano de 2016, levando em consideração a série analisada, com 19,7 milhões de gados.

Alguns fatores devem ser levados em consideração, como o desânimo por parte dos produtores em se manter na atividade, as políticas públicas que não atendem a demanda do setor e o preço pago ao produtor. Este cenário gerou diversas manifestações como você pode acompanhar logo abaixo:

O estudo aponta que a produção mundial aumentou 13,27% no período em estudo, ao se tomar os extremos da série analisada (nove anos). A média anual de crescimento foi de 1,5%. Dentre os países que são os dez maiores produtores, o que teve maior crescimento foi a Índia, com 45,8% de aumento e um crescimento médio de 5,01% ao ano. Em seguida, a Nova Zelândia, que cresceu 36,23% e obteve crescimento médio anual de 4,03%. O terceiro maior crescimento identificado foi da produção brasileira, que cresceu 21,89%, apresentando crescimento médio de 2,43% ao ano.

Entre 2008 e 2016, o Brasil foi responsável, em média, por 7% da produção mundial de leite, o que o coloca na quinta posição em termos de volume. Os quatro maiores produtores no período foram União Europeia (30,47%), Estados Unidos (19,6%), Índia (12,8%) e China (7,21%) que, junto com a produção brasileira, somam 76% do total Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (Usda). A Rússia, o sexto colocado em termos de média produzida, foi responsável por 6,5% da produção. Os países mais populosos do mundo (China e Índia) foram responsáveis por cerca de 20% da Produção leiteira.

O estudo avalia ainda que o produtor, ao tomar a decisão de captar, conhece os impactos do escoamento, do mercado, os custos de produção e o comportamento dos preços do leite e insumos utilizados no processo produtivo. O manejo de animais em lactação e o número de vacas são fatores que refletem a sua especialização e o esforço em alcançar escala de produção. Em média, 41% das vacas estão em lactação, sendo que o estado de Goiás e a Região Sul apresentam as maiores médias, com aproximadamente 50% de vacas em lactação.

Ao se comparar a participação dos principais itens dos custos operacionais, sobressaem os gastos com mão de obra, silagem, concentrados e transporte do leite. Mão de obra e concentrados representam, em média, quase 40% dos custos operacionais.

Em geral, os produtores do Rio Grande do Norte, de Minas Gerais e de São Paulo recebem preços melhores do que os das demais Unidades da Federação, em função de condições de oferta e consumo. Observa-se que os menores preços recebidos foram dos produtores de Rondônia.

Captações, preços ao produtor e indicador despesas de custeio/receita

Nesta tabela estão listados, por município e ano coletado, a taxa de captação diária (primeira coluna), os preços recebidos pelos produtores (segunda coluna) e a relação despesas de custeio/receita bruta (terceira coluna).

As despesas de custeio são utilizadas no numerador porque são o primeiro nível de despesas. Dessa forma, se a receita bruta cobrir pelo menos as despesas de custeio, não necessariamente cobrirão os custos variáveis e/ou operacionais. Se o resultado da divisão for maior do que a unidade, isso significa que as despesas de custeio são maiores do que a receita bruta, ou seja, caracteriza prejuízo para o produtor.

Registra-se que esta análise de rentabilidade tem como foco somente a produção de leite. É possível que o produtor tenha outros meios para aumentar sua receita, como a venda de bezerros, de vacas não mais aptas para a atividade leiteira, além de outra atividade no mesmo espaço, como é o caso da exploração da pecuária de corte. Essa situação necessita de aprofundamento técnico e da realização de estudos específicos.

O estudo completo você pode baixar clicando aqui.

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Fonte: CONAB, com edições de Vicente Delgado – AGRONEWS BRASIL

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