As cotações futuras do café arábica na Bolsa de Nova York (ICE Futures US) avançam cerca de 100 pontos nesta tarde de quarta-feira (08)
O mercado realiza ajustes depois de testar mínimas de 13 anos acompanhando a oferta e oscilações cambiais.
Por volta das 12h34 (horário de Brasília), o vencimento julho/19 tinha alta de 95 pontos, a 87,60 cents/lb. Já o setembro/19 avançava 100 pontos, a 89,00 cents/lb e o dezembro/19 tinha valorização de 90 pontos, negociado a 91,30 cents/lb.
O mercado externo do arábica testou mínimas de mais de 10 anos na véspera e fechou abaixo do patamar de 90 cents/lb na ICE. A queda anterior estendeu perdas dos últimos dias. Com isso, ajustes passaram a ser registrados nesta quarta-feira.
“O mercado ainda está preocupado com grandes estoques, principalmente do Brasil e a baixa demanda. O país está dominando o mercado, e outros exportadores estão tendo muita dificuldade em encontrar compradores”, disse o vice-presidente da Price Futures Group, Jack Scoville.
A safra brasileira, em colheita, também pesava sobre os preços. “O Brasil teve uma grande produção na safra atual, mas a próxima deve ser menor, pois é de bienalidade negativa. Ainda assim, as ideias são que ela será grande já que o clima tem sido bom”, afirmou Scoville.
Além dos ajustes nesta quarta, o mercado externo do grão também acompanha a virada do dólar. Às 12h41, o dólar comercial caía 0,99%, cotado a R$ 3,930 na venda, na expectativa da participação do ministro da Economia, Paulo Guedes, na comissão especial sobre a Previdência.
O dólar mais baixo tende a desencorajar as exportações das commodities e por isso dá suporte aos preços externos. Na véspera, a moeda norte-americana havia fechado a sessão com alta de 0,29%, a R$ 3,9694, e contribuiu para a pressão no arábica.
No Brasil, no último fechamento, o tipo 6 duro era negociado a R$ 371,00 a saca de 60 kg em Guaxupé (MG) e em Poços de Caldas (MG) estavam valendo R$ 371,00.
Por Jhonatas Simião/ Notícias Agrícolas