As cotações futuras do café arábica na Bolsa de Nova York (ICE Futures US) operam com queda de cerca de 100 pontos nesta tarde de quinta-feira (06)
O mercado externo do grão, mais uma vez, sente a forte pressão da valorização do dólar e operadores acompanham informações da oferta. Essa é a sexta sessão seguida de baixa.
Por volta das 12h03 (horário de Brasília), o vencimento março/19 registrava 104,75 cents/lb com queda de 120 pontos e o maio/19 caía 100 pontos, a 107,85 cents/lb. Já o julho/19 trabalhava com recuo de 110 pontos, a 110,40 cents/lb e o setembro/19 registrava baixa de 120 pontos, cotado a 112,90 cents/lb.
Às 12h09, o dólar comercial subia 1,52%, cotado a R$ 3,927 na venda, em dia de aversão global ao risco. A moeda mais valorizada tende a encorajar as exportações da commodity, mas pesa sobre os preços externos. Segundo o vice-presidente da Price Futures Group, Jack Scoville, o câmbio tem sido a força motriz do mercado.
Operadores externos também estão atentos com informações fundamentais. “Revisões de safras pelo Departamento de Agricultura dos Estados Unidos têm estado no radar dos traders, com números não muito distantes do que os participantes vêm considerando há algum tempo”, disse o analista de mercado da Comexim nos EUA, Rodrigo Costa.
Preocupações com a safra também rondam os produtores. “As chuvas deram uma trégua agora, mas não dá para reverter o cenário já consolidado. Inclusive, esse fator pode afetar o volume total colhido nesta temporada”, disse o cafeicultor de Nova Resende (MG), Alexandre Maroti em entrevista ao Notícias Agrícolas.
No Brasil, no último fechamento, o tipo 6 duro era negociado a R$ 420,00 a saca de 60 kg em Espírito Santo do Pinhal (SP), em Guaxupé (MG) os preços estavam cotados a R$ 428,00 a saca e em Poços de Caldas (MG) estavam valendo R$ 410,00.
Por: Jhonatas Simião
Fonte: Notícias Agrícolas