Estendendo as perdas da sessão anterior, as cotações futuras do café arábica na Bolsa de Nova York (ICE Future US) operam com quedas próximas de 150 pontos nesta tarde de segunda-feira (10) em ajustes técnicos depois das altas registradas na semana passada com o temor de que o frio no Brasil pudesse afetar as origens produtoras do grão
Por volta das 12h21 (horário de Brasília), o contrato julho/17 registrava 126,55 cents/lb – estável, o setembro/17, referência de mercado, estava cotado a 127,25 cents/lb com recuo de 165 pontos. Já o vencimento dezembro/17 também caía 165 pontos, a 130,75 cents/lb, e o março/18, mais distante, tinha desvalorização de 150 pontos e estava sendo negociado a 134,30 cents/lb.
De acordo com o analista de mercado e vice-presidente da Price Futures Group, Jack Scoville, a resistência do café em Nova York não foi quebrada no fim da semana passada, mas o mercado parece estar suscetível a rever esses níveis novamente. “A maioria dos comerciantes não falam sobre as alterações nos dados que possam aumentar os preços, mas o mercado caiu acentuadamente e deve continuar nessa correção. A possibilidade de mais um ano de produção menor dá suporte aos preços”, afirma.
Apesar da queda na sessão anterior e na manhã desta segunda, o mercado encerrou a semana passada com altas de mais de 2%, com o vencimento setembro/17 saindo de cerca de US$ 1,25 por libra-peso para US$ 1,30/lb. O frio no Brasil reascendeu o temor nos operadores de que geadas poderiam afetar a colheita deste ano e também a produção em 2018. “A maioria das previsões para o Brasil falam em temperaturas baixas, mas não tão frio para causar danos”, explica Jack Scoville.
De acordo com estimativa da consultoria Safras & Mercado na semana passada, a colheita de café da safra brasileira 2017/18 foi indicada em 50% até 4 de julho. Na semana anterior os trabalhos estavam em 44%. Levando em conta a estimativa da Safras de produção de café do Brasil em 2017 de 51,1 milhões de sacas de 60 kg, já foram colhidas 25,68 milhões de sacas.
No Brasil, por volta das 09h20, o tipo 6 duro era negociado a R$ 450,00 a saca de 60 kg em Espírito Santo do Pinhal (SP) – estável, em Guaxupé (MG) os preços também seguiam estáveis a R$ 455,00 a saca e em Poços de Caldas (MG) estava sendo cotado a R$ 452,00 a saca. Os negócios com café seguem isolados nas praças de comercialização do Brasil com os produtores ainda bastante atentos à colheita e esperando melhores patamares.
Fonte: Notícias Agrícolas