A comercialização da safra brasileira de café de 2021/22, que está em colheita, até o último dia 13 de julho, atingia 48% do potencial de produção, contra 40% do mês anterior. O dado faz parte de levantamento mensal de SAFRAS & Mercado. O percentual de vendas é superior a igual período do ano passado, quando girava em torno em 40% da safra. O fluxo de vendas também está bem acima da média dos últimos 5 anos para o período (33%).
Assim, já foram negociadas 26,99 milhões de sacas de uma produção estimada em 2021/22 por SAFRAS & Mercado de 56,5 milhões de sacas.
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Segundo o consultor de SAFRAS & Mercado, Gil Barabach, é natural que o andamento da colheita e a maior oferta disponível resulte em uma melhora no ritmo de comercialização. E foi justamente isso que aconteceu ao longo do último mês. “É verdade que não há afobação do lado do produtor. A maioria, inclusive, está mais preocupada com as entregas físicas de posições antecipadas de vendas futuras ou a termo. Os produtores continuam controlando o fluxo e administrando as posições, mas o simples fato de aparecer mais lotes a venda ajudou a dar um pouco mais de dinamismo a comercialização”, comenta.
A comercialização de arábica alcança 48% da safra BR-21, bem acima da média para o período de 32% vendido. E também superior ao percentual comprometido em igual período do ano passado, quando 42% havia sido vendido. “As vendas só não foram mais intensas porque o produtor tirou um pouco o pé diante das dúvidas produtivas”, avalia Barabach.
Mas o destaque do último mês de junho e desse início de julho foi o fluxo de vendas do conilon, diz o consultor. “A procura da indústria doméstica, em particular de torrado/moído, ajudou a impulsionar os preços no mercado interno. E trouxe mais vendedores ao mercado, acelerando o ritmo de comercialização”, diz. Assim, as vendas de conilon chegam a 47% da safra 21/22, dando um salto de 13 pontos percentuais em relação a maio. Superando, com folga, os 36% vendidos em igual período do ano passado e também os 34% em média até o mês de junho.
Safra 2020/2021
Já as vendas da safra recorde 2020/21 chegam a 97% até 13 de julho, evoluindo em 2 pontos percentuais em relação ao mês anterior. Estão levemente atrasadas em relação ao ano passado, quando 98% da safra 2019/20 estava comercializada até então e no mesmo patamar da média dos últimos 5 anos para o período, que é de 97%.
Foram comercializadas 67,29 milhões de sacas de 60 quilos, com base na estimativa de SAFRAS & Mercado de uma safra 2020/21 de café brasileira de 69,6 milhões de sacas.
Por Lessandro Carvalho – Agência Safras
AGRONEWS – Informação para quem produz