O comportamento oposto nas exportações de carne de frango e bovina – a primeira, enfrentando quedas no volume e no preço e, por decorrência, na receita cambial; a bovina, registrando aumento de volume da ordem de 20% e obtendo boa valorização no produto industrializado, condições que proporcionam receita cambial quase um quarto maior que a do mesmo período de 2017 – firmam a posição de liderança do produto bovino na receita global das carnes
Tendência nesse sentido foi observada no fechamento dos resultados do primeiro bimestre de 2018: então, a receita cambial da carne bovina superou em cerca de US$500 mil a receita cambial da carne de frango, fato que não era observado desde os anos 1990. Por exemplo, 20 anos atrás (1998), quando a avicultura exportava apenas produto in natura, a receita da carne de frango girou em torno dos US$739 milhões e a da carne bovina (que já incluía produto industrializado) foi de US$573 milhões. Desde então prevaleceu a hegemonia da carne de frango.
Com o fechamento dos resultados do primeiro trimestre de 2018 a carne bovina distancia-se ainda mais. Pois a diferença de 0,05% a seu favor registrada no acumulado de janeiro-fevereiro subiu para 0,73% no trimestre. E em vez de apenas US$500 mil, a diferença a mais em relação ao frango na receita cambial é, agora, de quase US$11,6 milhões.
Mantidos os índices de aumento e redução do trimestre no restante do exercício e consideradas as receitas auferidas em 2017, a carne bovina encerrará 2018 com uma receita cambial quase 20% superior à da carne de frango.
Fonte: Avisite