Os levantamentos trimestrais do IBGE apontam que nos nove primeiros meses de 2021 foram abatidas em estabelecimentos sob inspeção federal, estadual ou municipal pouco mais de 4,6 bilhões de cabeças de frango, quesito em que estão incluídos os descartes de poedeiras e reprodutoras
O volume abatido representou aumento próximo de 4,2% sobre as cerca de 4,450 milhões de cabeças processadas entre janeiro e setembro de 2020.
Analisado o comportamento mensal desses abates, observa-se que em apenas duas ocasiões – janeiro e julho – houve retrocesso em relação a 2020. Mas o que mais chama a atenção é o fato de, nos dois meses que antecederam a queda de julho, terem sido registrados os maiores incrementos do período: +9,44% em maio e +10,17% em junho.
Na verdade, o processamento deste ano seguiu sua marcha normal. E as contradições observadas – aumento exagerado de um lado; redução de volume do outro – são reflexo, apenas, dos efeitos da pandemia em 2020: represamento dos abates em maio e junho e, por consequência, volume muitíssimo maior (aliás, um dos maiores do ano passado) no mês de julho.
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Das aves processadas redundou a produção de 10,923 milhões de toneladas de carne de frango, volume que representou aumento de mais de 7% sobre idêntico período do ano anterior.
Neste caso, a diferença de 2,83 pontos percentuais em relação ao incremento no número de cabeças abatidas advém de um aumento de 2,74% no peso médio dos frangos abatidos no período. Que, note-se, apresentou evolução positiva em todos os nove primeiros meses de 2021, mas não, necessariamente, porque tenham sido registradas melhoras neste ano e, sim, porque o desempenho de 2020 foi seriamente afetado pelos efeitos negativos da pandemia sobre a produção e o mercado da carne de frango.
Por Avisite
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