Recomendação inicial àqueles que costumam avaliar a evolução da disponibilidade interna mensal de carne de frango a partir das projeções de produção e das exportações do produto: abandonem temporariamente esse hábito
Porque é absolutamente improvável, por exemplo, que a disponibilidade interna de julho passado tenha recuado mais de 25% – tanto em relação ao mês anterior como ao mesmo mês de 2017 – sem que o mercado tenha dado o mínimo sinal de reação. Ou seja: algo está errado. E o erro, aqui, vem dos números de exportação divulgados pela SECEX/MDIC.
Em suma, se o objetivo é acompanhar a evolução da disponibilidade interna de carne de frango no decorrer do exercício, o melhor, provavelmente, é ficar com os resultados acumulados nos sete primeiros meses do ano. E eles indicam que, após alguns meses de oferta crescente em relação ao ano passado, o total aparente disponibilizado no período é, agora, 0,81% menor que o dos mesmos sete meses de 2017.
Adotado esse padrão, observa-se que a média mensal ofertada entre janeiro e julho foi de 782,5 mil toneladas de carne de frango. E esse volume, considerada a população apontada pelo IBGE para 1º de julho de 2018 (perto de 208,5 milhões de habitantes), proporcionou uma disponibilidade interna mensal da ordem de 3,750 kg per capita – o equivalente a pouco mais de 45 kg per capita anuais.