Independente das duvidas que continuem deixando, os dados da SECEX/MDIC relativos a maio de 2018 apontam que as exportações de carne de frango do mês – considerando os quatro principais itens negociados pelo setor: frango inteiro, cortes de frango, industrializados e carne salgada – totalizaram 328 mil toneladas, volume quase 5% menor que o alcançado em maio de 2017, ocasião em que os embarques do mês ficaram em 344,7 mil toneladas
Comparativamente ao mês anterior, abril de 2018, o volume apontado pela SECEX/MDIC correspondeu a um acréscimo de, praticamente, um terço (mais exatamente, 32,62%). E aí é que paira a dúvida, visto que nos últimos dias de maio as exportações foram, de alguma forma, prejudicadas pelo movimento dos caminhoneiros. Como, de março para abril, o volume exportado recuou quase na mesma proporção (-32,74%), e provável que o aumento de maio decorra de restos não contabilizados do mês anterior.
Aceito que o raciocínio esteja correto, os embarques dos cinco primeiros meses do ano somaram 1.570.604 toneladas, ficando 8,5% abaixo do registrado em idêntico período de 2017. Equivaleram, também, a uma média mensal pouco superior a 314 mi toneladas – o menor nível dos últimos três anos considerado idênticos períodos anteriores.
Uma vez que, paralelamente à queda de volume, vem ocorrendo redução do preço médio do produto, o efeito principal recai sobre a receita cambial, 12% menor que a dos cinco primeiros meses de 2017. Tal efeito só não é pior para os exportadores porque a moeda brasileira vem se desvalorizando. Assim, considerado o valor médio do dólar entre janeiro e maio, a queda de receita em real recuou pouco mais de 6%.