Avaliando-se as margens obtidas pelos exportadores em relação aos preços obtidos pelo frango abatido no mercado interno, constata-se que elas mantêm relativa estabilidade no decorrer do tempo, embora esteja ocorrendo, ultimamente, ligeira redução dessas margens
Na média dos quatro anos enfocados (maio de 2018 a abril de 2022) ela ficou próxima de 34% – índice que não sofre alteração maior ao retirar-se do conjunto os valores extremos.
É verdade que nesses 48 meses houve grandes variações, para cima e para baixo. Mas elas não resultam, exatamente, de uma valorização maior do frango exportado e, sim, das variações internas no preço do produto.
E o exemplo mais gritante foi registrado em meados de 2020, ocasião em que, mesmo com o refluxo dos preços externos, o frango foi exportado por um valor quase 80% superior ao registrado no mercado interno. Neste caso, as margens aumentaram porque o refluxo interno foi muito mais agudo – devido à semi-paralisação dos mercados interno e externo em decorrência do primeiro grande lockdown mundial imposto pela pandemia.
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Obviamente, o oposto também é verdadeiro. Ou seja: baixas margens na exportação são decorrência, muito mais, de valorização interna nos preços do frango. Foi o que aconteceu, por exemplo, em meados do ano passado, momento em que, internamente, o frango abatido obteve suas melhores cotações de todos os tempos.
Não é uma conclusão definitiva, mas parece que as mudanças no mercado externo (como agora, quando o preço médio do produto exportado registra aumento anual já superior a 30%) não alteram a relação de preços entre mercado interno e externo. Quer dizer: também em relação ao frango, o mercado está globalizado.
Fonte: Avisite
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