Ainda que em 2017 a China venha reduzindo suas compras em relação ao ano passado, o mercado chinês permanece como o principal importador da carne de frango brasileira
Nos 10 meses decorridos entre janeiro e outubro de 2017, Arábia Saudita, Japão e China foram, pela ordem, os três principais importadores do Brasil.
Neste caso, a China retornou ao terceiro posto, perdendo o segundo lugar que havia ocupado no mesmo período de 2016. Tudo porque reduziu suas importações em mais de 20%, adquirindo quase 90 mil toneladas a menos.
Ainda assim, o mercado chinês (China + Hong Kong) permanece como o principal importador da carne de frango brasileira. De um lado, porque as exportações para a Arábia Saudita recuaram 18% – foram 111.473 toneladas a menos – e, de outro lado, porque a destinação para Hong Kong registrou aumento superior a 2%
Feitas as contas, o volume de carne de frango destinado ao mercado chinês chegou às 545.203 toneladas, resultado que supera em quase 8,5% o total destinado à Arábia Saudita e corresponde a 15,13% do total exportado pelo Brasil (ou 16,11% da receita cambial do período).
Note-se que, entre os 10 principais importadores, além de Arábia Saudita e China, apenas a Holanda reduziu suas importações. E esse número restrito combinado com o crescimento excepcional das exportações para a África do Sul, Egito e Iraque garantiu crescimento (de 1,06%) no volume exportado para esse grupo. Na receita, o aumento foi de 8,5%.
Já as exportações para os demais 128 países atendidos nesses 10 meses sofreram redução de 4,38%,o que fez com que o volume global do período recuasse cerca de 28 mil toneladas (0,77% a menos). Como, porém, ocorreu recomposição generalizada no preço médio, a receita cambial acumulada, agora superior a US$6 bilhões, aumentou mais de 7%.