A carne de frango in natura – que em 2017 fechou os oito primeiros meses do ano na sexta posição e em 2018 vinha ocupando a sétima posição – agora é oitavo produto da pauta cambial brasileira
Mas… calma! Não se conclua, precipitadamente, que isso é resultado de um fraco desempenho do produto. Junto com o frango, automóveis, açúcar em bruto e carne bovina também perderam posição. E o café em grão, 10º colocado até julho, foi simplesmente alijado do rol dos 10 principais produtos exportados pelo Brasil.
Ou seja: outro produto entrou na lista. Neste caso, uma inesperada plataforma de extração de petróleo cujo valor – US$4,080 milhões – a coloca como o sexto principal item negociado internacionalmente pelo Brasil entre janeiro e agosto de 2018.
Em decorrência do surgimento desse inusitado item, a participação da carne de frango na receita cambial brasileira recuou mais de 18%, caindo de, praticamente, 3% há um ano para menos de 2,5% no acumulado de janeiro a agosto de 2018.
Mesmo assim, a carne de frango não apresenta mau desempenho. Sua receita recuou, é verdade, 11%, mas o produto persiste numa disputa, palmo a palmo, com o automóvel, cujas exportações neste ano recuaram 12%.
Sob esse aspecto, aliás, nada impede que a carne de frango recupere a sétima posição, dado que sua receita, até aqui, é menos de 1% inferior à obtida pelos automóveis.
Vale notar, em relação aos principais produtos exportados neste ano, que a “exportação” da plataforma de petróleo alterou o quadro dos “10 mais”: até julho, eles registravam redução anual de meio por cento; com o novo item acumulam, agora, variação positiva de 4,31%.