Os números iniciais relativos a julho divulgados ontem (9) pela SECEX/MDIC apontam que nos primeiros cinco dias úteis do mês foram embarcadas 130.185 toneladas de carne de frango in natura, volume correspondente a embarques diários de 26.037 toneladas
Esse resultado – de acordo com o órgão de acompanhamento das exportações brasileiras – representou aumento de 148% sobre a média diária registrada no mês anterior (em junho, 10.486 toneladas/dia – pouco mais de 220 mil toneladas em 21 dias úteis). Já em relação à média diária de julho de 2017 o incremento foi de 54,33% (há um ano, 16.870 toneladas/da – 354.288 toneladas em 21 dias úteis).
Dispensável dizer, mas está claro que nesses resultados estão restos não contabilizados de junho último. E a melhor indicação nesse sentido vem das próprias médias diárias apontadas pelo órgão. Pois, por exemplo, enquanto a de junho correspondeu ao pior resultado em 36 meses, a de julho corrente (primeira semana) apresenta, opostamente, o melhor resultado em idêntico período. Ou, considerada a média desses três anos (15.785 toneladas/dia), os embarques de junho ficaram 33% abaixo da média, enquanto os de julho se encontram 165% acima. O que, em síntese, indica que no mês passado exportou-se mais do que apontaram os números da SECEX.
E sendo verdadeiro o achado, outra conclusão é a de que os primeiros números de julho já não servem como referência para as exportações do mês, como se fazia até recentemente. Porque, suposta a manutenção da mesma média diária inicial nos restantes 17 dias úteis de julho corrente, chega-se a volume mensal da ordem 572 mil toneladas de produto in natura – resultado que, nos últimos tempos, tem demandado dois meses para ser alcançado e que, acima de tudo, não se coaduna com os desafios que o setor exportador de carne de frango vem enfrentando.