Estão sendo excelentes as exportações brasileiras de carne suína em 2016 para a China. O país asiático, que retornou ao mercado em 2015, comprou 82,1 mil toneladas de janeiro a novembro deste ano, ou 1,952% a mais diante de 2015. E tudo indica que a China deva adquirir muito mais carne de porco em 2017.
As vendas externas mundiais do produto totalizaram 682 mil toneladas de janeiro a novembro do ano passado, significativos 34% a mais na comparação com 2015. Ricardo Santin, vice-presidente da Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA), me disse que as exportações em 2016 foram fundamentais para o desempenho da suinocultura nacional no ano passado, já que internamente o cenário foi adverso, com preço alto da saca de milho atrapalhando demais a vida dos produtores. Conversei com Santin na coletiva da ABPA, realizada em São Paulo nesta semana.
Frangos
Na área do frango, o cenário é seguinte: Em volume, as exportações neste ano deverão aumentar 2% em relação a 2015, somando 4,39 milhões de toneladas. É recorde. A receita poderá fechar em US$ 6,875 bilhões, ficando 4,1% abaixo do saldo apurado em 2015. É que houve variação do dólar ao longo do ano. Já o consumo interno per capita, que vinha forte, caiu 4,9%, para 41,1 quilos por habitante, contra os 43,2 quilos de 2015. Motivo: a crise econômica e seus efeitos no bolso do brasileiro. Lembro que o consumo de aves cresceu substantivamente no país nos últimos anos.
Rações
Quem também divulgou seus resultados nesta semana foi o Sindicato Nacional da Indústria de Alimentação Animal (Sindirações). A expectativa é de que o setor feche este ano estável, com uma produção de 66,8 milhões de toneladas de rações animal, volume praticamente semelhante ao de 2015. Entre janeiro e setembro de 2016, a produção registrou um leve aumento de 1%. E sabe qual segmento apresentou a maior expansão entre todos os outros? O de suínos, com 3,4%.
Fonte: NotíciasAgrícolas