Frente aos resultados excepcionais do mês anterior – em dezembro de 2019, pela primeira vez na história do setor, a receita cambial das três carnes (produto in natura exclusivamente) superou a marca do bilhão e meio de dólares – era natural contar com resultados mais fracos em janeiro de 2020, o que de fato ocorreu
Assim, as três carnes registraram queda de volume em níveis que variaram entre 10% (carne suína) e 21% (carne bovina), ao mesmo tempo em que recuaram os preços das carnes suína (quase 1% a menos) e bovina (2,5% a menos). Ou seja: só a carne de frango registrou ligeira melhora de preço, de cerca de meio por cento em relação a dezembro passado.
Isso, porém, não foi suficiente para impedir o retrocesso da receita cambial da carne de frango (-16%), processo que atingiu as outras duas carnes (a da carne suína recuou quase 11% e a da bovina mais de 23%).
Porém, em comparação ao mesmo mês de 2019, pode-se afirmar que os resultados finais ficaram acima do esperado, sobretudo porque as exportações dos primeiros meses de cada novo exercício são, geralmente, incipientes.
Mas, desta vez, janeiro também surpreendeu. Pois, comparativamente a idêntico mês de 2019 registrou aumento de 41% nos embarques de carne suína e de cerca de 15% nos das carnes bovina e de frango.
Também houve melhora significativa nos preços das carnes suína e bovina – de 28% e de 31%, respectivamente. A carne de frango acompanhou, mas com um ajuste de apenas 3,4%.
Em decorrência, a receita cambial – pouco superior a US$1,2 bilhão – registrou aumento próximo de 40%, resultado para o qual a carne suína contribuiu com um aumento de mais de 80%, a bovina com 50% e a de frango com quase 20%.
Por Avisite – Fonte: Agronews Brasil