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A “Pasteleira” carro movido a óleo de fritura, permite rodar até 10km por litro e Embrapa realiza pesquisa para transformar óleo de cozinha em combustível
Isso aconteceu no Rio Grande do Sul e o feito foi realizado por um homem chamado Paulo Roberto Lenhardt que conseguiu criar um carro capaz de funcionar com óleo de cozinha reciclado, acompanhe!
Você não sabe como descartar óleo vegetal e acabar colocando potes de óleo usados ou mesmo jogá-lo pelo ralo contaminando águas, ecossistemas aquáticos e solo, impermeabilizando a área? Saiba que é possível que esse óleo se torne um grande combustível para o seu carro, barato e baixo poluente.
No Rio Grande do Sul, o ecologista Paulo Roberto Lenhardt, foi o primeiro homem a instalar um sistema que permite que o motor a diesel funcione à base de óleo de cozinha. O homem que mora no Rio Grande do Sul começou a reciclar o óleo de cozinha utilizado e fez uma adaptação ao seu carro, uma caminhonete S10, motor MWM 2.8 turbo, para funcionar à base de óleo de cozinha, que seria futuramente descartado.
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Carro movido a óleo de fritura
O carro movido a óleo de fritura é um carro praticamente normal, mas tem cheirinho de pastel… “Em função disso, a gente colocou, carinhosamente, o apelido de ‘pasteleira’ na caminhonete. O pessoal já conhece e sabe por onde eu passei, porque fica o cheirinho de pastel no ar“, conta Paulo.
O cheirinho no ar não é de uma caminhonete que faz entregas. O aroma sai direto do motor do carro, que é movido a óleo de cozinha – aquele que sobra das frituras e é jogado fora.
“Se for jogado no esgoto, no ralo ou num lugar onde caia chuva, vai ser levado para o rio. E um litro de óleo na água equivale, mais ou menos, a um milhão de litros de água contaminada“, alerta Paulo.
A ideia do ecologista do Rio Grande do Sul vai muito além da questão ambiental e sanitária provocados pela destinação inadequada do óleo de cozinha. O óleo usado, é uma importante matéria-prima para um biocombustível de eficiência que pode ser comparada com a do diesel comum.
Inventor do Rio Grande do Sul viaja o mundo para aperfeiçoar o uso do óleo vegetal nos carros
O inventor do Rio Grande do Sul viajou o mundo atrás de exemplos de uso do óleo de cozinha para os carros. A ideia está ligada aos princípios do Instituto Morro da Cutia de Agroecologia, em que faz parte, que é promover o desenvolvimento rural sustentável, através da agroecologia, e da educação ambiental, atuando de forma regional, nacional e internacional. Partindo disto, teve a brilhante ideia de substituir o uso do combustível fóssil que é um fator de poluição extremo, por um combustível sustentável.
Dentre os benefícios para quem usa um carro com combustível à base do óleo de cozinha, os ambientalistas destacam a redução de até 75% de emissão de gases do efeito estufa.
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Óleo de cozinha pode virar combustível para automóveis
Você já pensou que aquela batatinha frita que você come pode estar ajudando a poluir o planeta?
Aliás, tanto aquela sua batatinha como os demais tipos de alimentos fritos podem estar contribuindo para a poluição. Isso porque ralos, rios e lagos acabam se tornando o destino certo do óleo usado para fritá-los.
Mas essa realidade já começa a mudar. O projeto Biofrito, desenvolvido pela Embrapa Agroernergia em parceria com outras instituições, para utilizar tecnologia voltada à produção de biodiesel, quer reaproveitar o óleo que foi usado para fritar alimentos e produzir biocombustível para abastecer parte dos veículos a diesel das instituições parceiras.
Quando lançado direto no ralo da pia, esse óleo usado nas frituras causa muitos problemas, como o entupimento da rede de esgoto, a poluição de riachos e rios, assim como o aumento no custo do tratamento da água usada na pia, no chuveiro, na privada e no tanque.
Se for devidamente reciclado, ou seja, se passar por técnicas adequadas de transformação e aproveitamento, esse óleo de fritura usado poderá ser uma importante matéria-prima para a produção de biodiesel.
Embora existam vários projetos no País que usam o óleo de fritura como base para a produção do biodiesel, “nenhum chegou ainda a resultados favoráveis em relação à captação da matéria-prima, porque para captar o produto é preciso queimar combustível e o ideal é que se rode com o próprio biodiesel a partir do óleo reciclado”, ressaltou José Dilcio Rocha – pesquisador da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária, vinculada ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento.
O descarte adequado do óleo de cozinha é um desafio para não poluir o meio ambiente, visto que uma gota do produto contamina 20 mil litros de água. Uma das soluções encontradas é transformar esse óleo em biocombustível para abastecer automóveis e até mesmo aviões. Para esclarecer mais sobre o assunto, o Conexão Ciência convidou o pesquisador da Embrapa, Rossano Gambetta.
Assista a entrevista completa abaixo. Aperte o Play!
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