Ministro da Educação, Mendonça Filho, participou do lançamento da cartilha do Novo Ensino Médio, confira!
O ministro da Educação, Mendonça Filho, participou do lançamento da cartilha Novo Ensino Médio: o que é importante saber? A publicação apresenta, de maneira didática, as mudanças na estrutura curricular da educação brasileira. “Quase 2 milhões de jovens estão excluídos do mercado, marginalizados ou sendo presa fácil para as drogas, e há uma consciência plena de toda a sociedade de que não há caminho para o desenvolvimento que não passe pela educação. Os avanços estão acontecendo. O diálogo é algo presente e não deixamos de ter coragem de enfrentar obstáculos”, disse o ministro durante o evento, ocorrido na biblioteca do Senado Federal.
Impressa pela gráfica do Senado, a cartilha será distribuída nas escolas de todo o Brasil, a começar pelo estado do Mato Grosso do Sul. A iniciativa é do senador Pedro Chaves (PSC-MS), relator da Lei nº 13.415/2017, que cria o Novo Ensino Médio. “Fizemos essa cartilha porque, quando debatíamos a reforma, surgiram muitas perguntas, das mais simples às mais complexas. Alguns exemplares foram entregues a professores e alunos do Mato Grosso do Sul e a recepção foi muito boa”, explicou.
Entre as mudanças nessa etapa de ensino destacadas pelo senador, e que a cartilha aborda, estão o fomento ao tempo integral, o incentivo às formações técnicas e a flexibilização do currículo, que deixa de ter 13 disciplinas obrigatórias e passa a ter apenas três. Isso permitirá aos estudantes optarem pelas áreas do conhecimento e itinerários formativos que estejam de acordo com suas vocações. A Medida Provisória (MP) que institui o Novo Ensino Médio foi aprovada após nove audiências públicas e com 566 emendas de deputados e senadores.
“A gente já tem uma estrutura legal que foi viabilizada pela MP e, a partir disso, teremos a última etapa que é a elaboração da Base Nacional Comum Curricular do ensino médio, algo que esperamos estar homologado no início do próximo ano. Com isso, em 2019, todas as escolas da rede pública estarão aptas a colocar em prática o Novo Ensino Médio”, afirmou Mendonça Filho.
Mendonça Filho – Ministro da Educação
O ministro apontou, ainda, o protagonismo que os jovens terão a partir dessas mudanças. Frisou, também, o trabalho que tem sido realizado no MEC para dar suporte à implantação do ensino em tempo integral. O programa Escola em Tempo Integral vai destinar R$ 1,5 bilhão para os estados nos próximos três anos, o que permitirá que o número de vagas em escolas de tempo integral seja triplicado.
Com carga horária 25% maior, aluno será protagonista na escolha da formação
Aprofundar conhecimentos em áreas de maior aptidão e interesse. Essa é a principal proposta do Novo Ensino Médio. Com carga horária 25% maior do que o antigo modelo, o formato, estimulado pelo Ministério da Educação (MEC), faz com que o estudante seja o protagonista na sua formação acadêmica.
As escolas públicas e privadas terão até 2022 para ampliar a carga horária das aulas de 800 para 1.000 horas anuais. O antigo ensino médio somava 2.400 horas nos três anos, isto é, 800 horas por ano. Agora, serão três mil horas de aulas no período ao longo dos três anos.
O MEC alterou a carga horária para reduzir a evasão escolar e melhorar a qualidade da educação que chega aos alunos. A medida é parte do Compromisso Nacional pela Educação Básica que pretende tornar Brasil referência em educação básica na América Latina até 2030.
Implementação – Do total de três mil horas de aulas, 1.200 horas devem ser destinadas à oferta dos chamados “Itinerários formativos”: uma formação à parte da obrigatória em que o estudante pode escolher a área de conhecimento ou formação técnica para aprofundar os estudos a partir de suas preferências e intenções de carreira.
As escolas devem oferecer aos alunos pelo menos um “Itinerário formativo”. As opções deverão ser organizadas por meio da oferta de diferentes arranjos curriculares com foco em:
- Linguagens e suas tecnologias;
- Matemática e suas tecnologias;
- Ciências da natureza e suas tecnologias;
- Ciências humanas e sociais aplicadas;
- Formação técnica e profissional.
- As 1.800 horas restantes, explica a coordenadora-geral de Ensino Médio substituta do MEC, Adriana Andrés, serão destinadas para a nova Base Nacional Comum Curricular (BNCC). “Parte das secretarias Estaduais de Educação já iniciaram a elaboração do Plano de Implementação do Novo Ensino Médio e o MEC dará suporte técnico por meio do Programa de Apoio ao Novo Ensino Médio que conta, neste momento, com a adesão de 23 unidades da Federação”.
A implementação será realizada de forma progressiva para ampliar o número de escolas a cada ano. “Isso vai depender das condições concretas de cada secretaria”, ressalta a coordenadora.
Adriana Andrés – Coordenadora-Geral de Ensino Médio substituta do MEC
Em andamento – Com a ajuda do Programa de Apoio à Implementação da BNCC (ProBNCC), os currículos dos estados estão sendo revisados ou reelaborados. Em 2020, algumas escolas já iniciarão a revisão de seus projetos pedagógicos para em 2021 dar início à implantação da BNCC.
“Já temos aproximadamente 3.500 escolas que iniciarão o processo de flexibilização curricular a partir de 2020. A partir de 2021, as redes de ensino, com base no plano de implementação, irão implantar, progressivamente, o novo currículo em todas as escolas de ensino médio”, destaca Adriana.
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