Após um mês de embargo, China autoriza importações de carne brasileira novamente.
Na manhã desta quinta-feira(23), em Pequim, o ministro Carlos Fávaro anunciou a liberação da importação de carnes bovinas feita pela China. Desde a descoberta do caso atípico de Encefalopatia Espongiforme Bovina (mal da “vaca louca”), o Ministério da Agricultura e Pecuária vem trabalhando com transparência e tomando todas as providência necessárias conforme protocolo de importação internacional.
China autoriza importações de carne brasileira
A Administração Geral de Alfândega da China (Gacc) anunciou hoje que concordou em retomar imediatamente as importações de carne bovina brasileira com menos de 30 meses. A retomada do comércio ocorreu um dia depois que o ministro da Agricultura brasileiro, Carlos Fávaro, chegou a Pequim.
“Tenho certeza que isso é um passo para que o Brasil avance cada vez mais com o credenciamento de plantas e oportunidades para a pecuária brasileira”, ressalta Fávaro.
Em vídeo o ministro da agricultura faz o pronunciamento oficial, acompanhe!
Suspensão voluntária
Para entender o processo de suspensão é importante saber que existe um protocolo bilateral, assinado em 2015, por Brasil e China, que estabelece a suspensão imediata e voluntária das exportações da carne bovina brasileira em caso de identificação de EEB, mesmo sendo atípico. Após a detecção do caso do Pará, o Brasil suspendeu voluntariamente a venda de carne bovina ao gigante asiático.
As autoridades brasileiras tomaram essa decisão em 23 de fevereiro, após a confirmação de um caso atípico de doença da vaca louca.
Setor produtivo comemora
As entidades ligadas ao setor produtivo da carne comemoram a retomada das importações da China. Em Mato Grosso, que possui o maior rebanho bovino do Brasil, o presidente da Associação de Criadores da Raça Nelore (ACNMT), Alexandra El Hage, avalia que a liberação veio em um momento bastante oportuno. ” Estamos em um momento delicado da pecuária aonde os custos perante a @ (arroba) está gerando uma dificuldade para o setor. Devido a isso o setor comemora não só a liberação da China mais também de outros mercados como México e indonésia. Mercado interno segue firme assim esperamos um equilíbrio maior dos custos e venda da arroba.”, avalia El Hage.
No ano passado, cerca de 62% das exportações brasileiras tiveram como destino o país asiático. “Quando os produtos relevantes entrarem no país, a alfândega implementará inspeção e quarentena de acordo com as leis e regulamentos para garantir que atendam aos requisitos de segurança e saúde”, reforçou o Gaac.
Para efeitos de comparativo, os produtores de carne bovina no Brasil deixavam de movimentar cerca de US$ 25 milhões por dia com o embargo.
Por Vicente Delgado – AGRONEWS®