Medida foi adotada após suspensão das importações pelos EUA, mas nenhuma restrição foi imposta pelo governo chinês
A Administração Geral de Supervisão de Qualidade, Inspeção e Quarentena (Aqsiq) da China afirmou, em comunicado à agência Reuters, que intensificou as inspeções de carne brasileira depois da suspensão imposta pelos Estados Unidos às importações da proteína bovina in natura do Brasil.
Segundo o órgão chinês, o Ministério da Agricultura brasileiro garantiu na semana passada que os problemas não representam risco à saúde e “são apenas reações dos animais às vacinas”. Medida serão tomadas apenas se forem encontrados riscos à segurança alimentar. Há também diferenças nas carnes exportadas para cada país, que contam com liberações e exigências diversas.
O Brasil é o principal fornecedor de carne bovina e frango para a China.
Carne Fraca – Logo após a deflagração da Operação Carne Fraca, a China suspendeu como medida de precaução as importações de carne brasileira. Na época, o governo chinês disse que as cargas ficariam retidas até receberem explicações sobre o ocorrido. As restrições não duraram muito, porém, e logo o país voltou a importar proteína brasileira.
Segundo a Reuters, desde então, a Aqsiq diz ter visto alguns casos nas carnes brasileiras de problemas de rotulagem e de certificados sanitários que não cumprem exigências chinesas. Em maio, de acordo com lista divulgada pela agência de inspeção, a China destruiu ou devolveu mais de 350 toneladas de carne brasileira, incluindo pés de frango, coxas de frango e carne bovina. Alguns não passaram pela inspeção e quarentena, enquanto outros não estavam com a rotulagem adequada.
Fonte: Portal DBO