Plantas rejeitadas terão que reiniciar todo o processo de habilitação para exportar carnes ao país asiático.
O governo chinês rejeitou o pedido de autorização de 26 plantas frigoríficas brasileiras para poderem exportar carnes àquele país. O veto, confirmado pelo ministro da Agricultura, Blairo Maggi, ocorreu juntamente com o anúncio de que outras 22 unidades serão autorizadas a vender seus produtos ao país. “As unidades rejeitadas terão de recomeçar todo o processo para tentar se habilitar a exportar carnes à China”, relatou o ministro.
Segundo documento transmitido pela Administração de Certificação e Acreditação da China (CNCA) ao governo brasileiro via embaixada brasileira na China, os estabelecimentos tiveram a autorização rejeitada pelo fato de conterem produtos não conformes com a lista do protocolo bilateral entre Brasil e China. Outras 36 plantas frigoríficas terão de apresentar informações adicionais para ainda tentarem a habilitação. Estas unidades em reavaliação não apresentaram documentos técnicos obrigatórios, ou apresentarem formulário de registro incompleto ou preenchido em desconformidade com os requisitos.
De acordo com o ministro, será feita uma ação conjunta entre as companhias para que a documentação seja apresentada durante a missão técnica que o governo chinês enviará ao Brasil em breve para finalizar o processo de habilitação dos 22 frigoríficos autorizados a exportar, sendo 11 de bovinos e 11 de aves.
Atualmente, 56 unidades brasileiras são autorizadas a exportar à China, sendo 39 de aves, 16 de bovinos e 11 de suínos, de acordo com o Ministério da Agricultura.
Segundo o documento do governo brasileiro, as plantas industriais que tiveram os pedidos de habilitação para exportação pela China negados foram, pelos registros no Serviço de Inspeção Federal (SIF), os abaixo relacionados. Vale lembrar que os nomes das empresas e seus respectivos números constam em lista no site do Ministério da Agricultura.
São eles: SIF 4238 (Marfrig, em Bataguassu-MS); SIF 4333 (JBS, Vilhena-RO); SIF 2443 (Irmãos Gonçalves, Comércio e Indústria, Jaru-RO); SIF 1883 (Frigorífico Vale do Sapucaí, Itajubá-MG); SIF 93 (Cooperativa dos Produtores de Carne e Derivados de Gurupi-TO); SIF 2156 (JJZ, Goianira-GO); SIF 411 (Frigorífico Redentor, Guarantã do Norte-MT); SIF 941 (Barra Mansa, Sertãozinho-SP); SIF 2015 (Sadia); SIF 1751 (Marfrig, Tangará da Serra-MT); SIF 2153 (Frigoxico, Colorado-PR); SIF 2583 (Frigol, Xinguara-PA); SIF 3062 (Total, Rio Verde-GO); SIF 4398 (Xinguara, Indústria e Comércio, Xinguara-PA); SIF 4400 (JBS, Campo Grande-MS); SIF 3974 (Naturafrig Alimentos, Rochedo-MS); SIF 1758 (Mondelli, Bauru-SP); SIF 1733 (Frigorífico Silva, Santa Maria-RS); SIF 1206 (Pantaneira, Várzea Grande-MT); SIF 889 (Frigorífico Sul, Aparecida do Taboado-MS); SIF 151 (Não identificado); SIF 15 (Labema Alimentos, Seberi-RS); SIF 3515 (BRF, Lucas do Rio Verde-MT); SIF 414 (JBS, Porto Velho-RO); SIF 1880 (Avícola Felipe, Paranavaí-MR), e SIF 2 (Não identificado).
Fonte: Estadão