Assista o Boletim CLIMATEMPO 07 de agosto 2021 e veja a previsão do tempo em todas as regiões do Brasil neste sábado.
Tempestades tropicais atingem o Japão nos próximos dias!
No Oceano Pacífico tem três tempestades tropicais e uma depressão tropical próximas do Japão. As que merecem atenção são as tempestades tropicais Mirinae e Lupit.
Previsão de chuva forte para os próximos dias no Japão!
A tempestade tropical Mirinae passa nos próximos dias pela costa do Japão e deve atingir Tokyo nas próximas 36 horas! Causando temporais entre o sul e centro do Japão, entre Mie, Nara, Wakayama e Miyazaki.
Já a tempestade tropical Lupit, passará por dentro do Japão nos próximos dias, a partir do dia 8 de agosto e deverá causar temporais e chuvas intensas entre o sudoeste da China e o norte de Taiwan
Além da chuva intensa, com raios e rajadas de vento que podem passar dos 100km/h, os acumulados de chuva devem passar dos 250mm no Japão, no sul e na faixa central, entre Nara, Mie, Shizuoka, Tokyo, Chiba, Ibaraki, Mie, Miyazaki e Fukushima.
Efeito Fujiwhara
O que é o efeito Fujiwhara?
O efeito Fujiwhara acontece quando sistemas como furacões e ciclones tropicais giram na mesma direção, ou seja, um sistema com menor órbita gira em torno de uma tempestade maior, numa forma circular antes de seguirem caminhos separados.
Às vezes, o efeito faz com que um furacão ou ciclone tropical se junte a outro. Sendo assim, o maior pega a energia do menor ou um absorve o outro, se transformando em um só e mais forte.
Ressalta que ciclones extratropicais normalmente têm esse efeito quando estão entre 2.000 quilômetros de distância um do outro, enquanto ciclones tropicais normalmente interagem em 1.400 quilômetros de distância um do outro
Antes não havia possibilidade do efeito fujiwara entre as tempestades tropicais, Mirinae e Lupit, devido a uma fraca corrente de ar, mas as recentes simulações numéricas de previsão do tempo apontam a chance de ocorrência do fenômeno!
Com a possibilidade de interação entre às duas tempestades tropicais, que giram entre si, e uma acaba absorvendo a outra. Neste caso será a tempestade Lupit que absorverá a tempestade tropical Mirinae, isso no decorrer da semana que vem.
A previsão indica o enfraquecimento e afastamento das tempestades somente na segunda metade da semana que vem.
CLIMATEMPO BRASIL
Porto Velho sofre com as fumaças de queimadas
O inverno é a estação mais seca do ano em grande parte do Brasil e é quando há um grande aumento no número de focos de queimadas.
Em Rondônia, a média de chuva em agosto é entre 15 e 35mm de chuva, sendo que em janeiro passa dos 300mm. Em Porto Velho, a média Climatológica de agosto é de 35mm.
Período de estiagem
Algumas cidades de Rondônia estão há quase 3 meses sem registrar chuva significativa, ou seja, chuva com volume superior a 10mm. Porto Velho está há 48 dias sem chuva; a última vez que choveu foi no dia 18 de junho, quando choveu 23mm.
Aumento nos focos de queimadas
Este longo período de tempo seco, favorece o aumento do número de focos de queimada.
Segundo os dados do INPE, Rondônia já registra 1.904 focos neste ano. No ano passado, neste mesmo período, eram 1.022 focos.
Porto Velho é a cidade campeã em número de focos de queimadas de 2021 com 755 focos em todo o Brasil. Ou seja, Porto Velho tem cerca de 40% de todos os focos de queimada do estado de Rondônia neste ano.
Onda de calor: produtor deve estar atento ao risco de queimadas
Fumaça no aeroporto
O Aeroporto Internacional de Porto Velho – Governador Jorge Teixeira de Oliveira vem registrando fumaça de queimadas desde o dia 4 de agosto.
Desde a noite de ontem, o aeroporto de Porto Velho está com a visibilidade reduzida pela fumaça das queimadas. Nesta sexta-feira (06) a visibilidade horizontal foi reduzida para 2.500 metros por conta do aumento de concentração das fumaças.
Nas imagens de satélite, é possível ver a fumaça em parte da Região Norte do Brasil e também nos países vizinhos.
Crise hídrica: estiagem no Pantanal é a quinta pior em 120 anos
O nível do rio Paraguai, que drena o bioma Pantanal, baixou quase 20 centímetros na última semana, diminuindo cerca de 2 centímetros por dia, em Ladário (MS). A estação, considerada um termômetro da situação de seca na região, registra 84 centímetros no dia 4 de agosto de 2021, enquanto o nível normal esperado para esta época do ano é de 4,15 metros. O ritmo de descida dos níveis deve se intensificar no mês de agosto e piorar a crise hídrica na região, de acordo com o Serviço Geológico do Brasil (SGB-CPRM).
O ano de 2021 já é o terceiro consecutivo em que o Pantanal não apresentou a habitual cheia. O prognóstico foi apresentado na Sala de Crise do Pantanal a convite da Agência Nacional de Águas e Saneamento (ANA).
De acordo com o órgão do governo federal, a seca do rio Paraguai já é a pior de toda série histórica em Cáceres (MT), que data de 1967, e está entre as 10% piores da série histórica em Porto Murtinho (MS), que data de 1937. Em Ladário já é a quinta pior vazante desde 1901. Este é o segundo ano consecutivo que a bacia está nesta situação de vazante extrema. O pesquisador do SGB-CPRM Marcus Suassuna afirma que os meses de julho e agosto apresentam um avanço mais rápido do processo de vazante, principalmente na calha principal do rio Paraguai.
O norte da bacia, região estratégica para o monitoramento porque as chuvas costumam ser mais abundantes no início do ano, também preocupa. As estações em Cáceres (MT) e na capital Cuiabá (MT) registram níveis abaixo da mínima histórica que já havia sido atingida em 2020.
A estação de Cáceres registra hoje 54cm, enquanto o esperado seria 1,73 metros. Ano passado, nesta mesma data, o rio marcava 85 cm. Preocupação para o abastecimento de água. Na capital do estado, a cota atual é 20 cm, quando o valor normal seria 81cm.
Nos municípios de Ladário e Porto Murtinho (MS), o nível do rio subiu consideravelmente em janeiro de 2021, mês em que as chuvas ficaram mais próximas do normal. Mas foi o único mês em que isso aconteceu: o rio voltou a receber chuvas abaixo da média e a recuperação foi lenta. A situação foi agravada pelo fim precoce da estação chuvosa, no início de abril.
Impacto nos recursos hídricos
Segundo o SGB-CPRM, o rio só esteve mais baixo do que agora em 4 ou 5 episódios durante a seca prolongada dos anos 1960 e 1970. Mas poucas estações de monitoramento existiam na região do Pantanal na época.
“Estamos caminhando para o terceiro ano consecutivo com déficit significativo de chuvas”, afirma Marcus Suassuna.
O reservatório da usina de Manso, que atende a região de Cuiabá (MT), opera com vazão mínima há mais de um ano. Segundo a Furnas, empresa que opera a hidrelétrica, o reservatório conta atualmente com 20,6% de seu armazenamento e, caso seja mantido o nível de utilização atual, é possível projetar um colapso hidráulico a partir da primeira quinzena de outubro.
Prognóstico
A estação de Ladário deve atingir a mínima de -44 centímetros por volta de 20 de outubro, sendo que atingiu -32 centímetros no ano passado. O pesquisador Marcus Suassuna afirma que as previsões para o comportamento futuro do rio são feitas em comparação com a série histórica. Normalmente, quanto mais baixo o nível do rio em junho, mais cedo deve começar a estação chuvosa. “Com qualquer chuva que caia sobre a bacia, o rio terá uma resposta mais rápida”, explica. No entanto, em 2020 a combinação foi a pior possível: uma seca severa com fim tardio.
Chuvas
A previsão da Climatempo para agosto de 2021 indica que duas frentes frias acompanhadas de moderadas massas de ar frio vão chegar à Região Centro-Oeste na primeira quinzena de agosto, uma em cada semana. A queda de temperatura será significativa entre Mato Grosso do Sul e Mato Grosso, incluindo as duas capitais. No início da segunda quinzena, uma frente fria mais intensa vai chegar à região provocando queda ampla de temperatura. Há risco para geadas em Mato Grosso do Sul e no sul de Goiás. A chuva associada a essa frente fria vai se estender por áreas onde já não é comum chover em agosto, mas não há expectativa de eventos extremos de chuva. O frio deve durar entre 5 e 7 dias.
Na última semana, a temperatura volta a ficar estável, com o calor comum da Região.
De acordo com o Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden), a região do Pantanal vive uma seca pluviométrica que já dura dois anos. Em certas regiões do estado do Mato Grosso, não chove há mais de 60 dias. O órgão informa que chuvas de até 30% acima ou abaixo da média não devem fazer uma diferença significativa na seca durante o próximo mês, já que as chuvas nesta época são escassas.
“Independentemente do cenário de chuvas, vamos continuar com o problema de seca”, afirma o meteorologista Marcelo Seluchi. É provável que o Brasil passe pelo fenômeno La Niña, de resfriamento do oceano Pacífico Equatorial central, durante a primavera. Isso deve prejudicar as chuvas no centro-sul do país.
Queimadas
Os focos de queimadas atingiram um pico no ano passado. Neste ano, o número de focos registrados é pequeno, mas o período em que eles costumam aumentar ainda não chegou. Na média de 2003 a 2019, o auge das queimadas é no trimestre de agosto, setembro e outubro. Espera-se que a temperatura do ar fique acima da média no próximo trimestre, principalmente sobre o Mato Grosso do Sul e o extremo-sul de Mato Grosso.