Assista o Boletim CLIMATEMPO 21 a 27 de dezembro 2021 e veja a previsão do tempo em todas as regiões produtoras do Brasil nesta semana do Natal.
O Verão começa oficialmente neste hoje, 21 de dezembro, às 12:59, do horário de Brasília. E o início da estação será marcado pelo excesso de chuvas e pela formação de invernadas nas áreas mais ao Norte do país.
E por causa da influência do fenômeno La Niña, o verão será marcado pela chuva acima da média entre o Nordeste e a região Norte, no norte de Mato Grosso e abaixo da média nas demais áreas do Brasil. Só que nas regiões do Centro-Oeste e do Sudeste, onde a expectativa é de chuva abaixo da média, isso não significa ausência de chuvas. Se chover não deve alcançar a média histórica para todo verão, o que é bem comum.
Agora no Sul do Brasil a situação é preocupante, principalmente no Rio Grande do Sul, onde a situação já é crítica pela falta de chuva. A primavera está fechando com chuva abaixo da média por causa da influência do La Niña e o verão deve seguir om muita irregularidade.
Embora tenha a expectativa para o mês de janeiro, com trégua na estiagem entre o norte do Rio Grande do Sul e o estado do Paraná, a chuva vai ser mal distribuída na região. Deve chover forte, ultrapassar a média, mas teremos apenas 3 episódios de chuva – um no começo, outro mais forte no meio e outro no final do verão. Ou seja, estes pouco episódios de chuva embora sejam fortes, eles praticamente não ajudam a aliviar a estiagem no Rio Grande do Sul.
Ao longo desses primeiros dias do verão, a expectativa é de grandes acumulados de chuva na região Norte do Brasil, como no Pará, no estado do Tocantins, Mato Grosso – e essa chuva persistente ainda prejudica o desenvolvimento das plantas especialmente no norte do estado, por que o sol aparece pouco, também tem previsão para bastante chuva facilmente acima de 150mm no norte de Goiás.
E o que preocupa mais uma vez é o retorno da chuva volumosa entre o norte de Minas, norte do Espírito Santo e principalmente na Bahia, incluindo sul do estado que já foi muito castigado pelas chuvas das últimas semanas.
Enquanto isso, o sul de Minas, Rio de Janeiro, São Paulo e boa parte do Sul do Brasil, além de Mato Grosso do Sul, tem previsão de chuva, inclusive chuva forte, mas é uma chuva mais pontual e de curta duração. Deve fazer calor nessas regiões por causa dos tempos maiores de tempo firme entre uma chuva e outra.
Assista o Boletim CLIMATEMPO 21 a 27 de dezembro 2021
Chuva volumosa persiste em MG e BA até o Natal
Os temporais não estão dando trégua ao norte de Minas Gerais e ao estado da Bahia, devido à influência da circulação dos ventos em vários níveis da atmosfera. A região de Itamaraju, que foi uma das mais atingidas pela chuva das últimas semanas, voltou a receber volumes elevados de chuva.
Chuva continua persistente
Os temporais irão persistir sobre o estado da Bahia nesta terça-feira (21) e se espalhar por mais áreas. A chuva forte e volumosa ocorre de forma generalizada, inclusive no sul do estado e na capital Salvador, com altos volumes acumulados.
No norte de Minas Gerais, as pancadas de chuva também podem ser fortes e ocorrem a qualquer hora, mas intercalando maiores períodos de sol. Mesmo assim, por conta dos altos volumes observados nas últimas horas, a situação permanece de alerta na Região.
Natal debaixo d’água
Pelo menos até o dia 24 de dezembro, véspera de Natal, as instabilidades continuarão se formando em Minas Gerais e na Bahia. O avanço de uma nova frente fria na sexta-feira irá colaborar para a manutenção das áreas de instabilidade nos dois estados, que devem ter um Natal com muita chuva. A situação irá permanecer de alerta, com potencial para alagamentos e deslizamentos de encostas.
Alguns impactos do La Niña no verão
Como vimos na análise do CLIMATEMPO, o La Niña terá impactos negativos sobre a chuva das Regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste do Brasil, reduzindo a quantidade de chuva durante a estação. As regiões Norte e Nordeste serão as mais beneficiada com o La Niña, pois o fenômeno aumenta a chuva nestas Regiões.
Impactos do La Niña no Brasil no verão 2022
- facilita a passagem das frentes frias pelo Sul e pelo Sudeste do Brasil
- as massas de ar frio de origem polar podem chegar ao Brasil mais fortes do que o normal, para os padrões do verão. Isso faz com que o vento frio dessas massas de ar também chegue mais forte a São Paulo, causando quedas bruscas de temperatura.
- as massas frias também têm o poder de deixar a atmosfera mais seca. Com menos umidade no ar, fica mais difícil a formação das grandes nuvens que provocam a chuva.
- o fenômeno La Niña faz com que a circulação dos ventos sobre o país concentre mais ar úmido no centro-norte do Brasil. Esse é um dos motivos pelos quais vamos ter menos chuva do que o normal no centro-sul do país no verão 2022. O verão terá calor, mas não será um calor fora do comum. A sequência de dias quentes será interrompida com frequência pela passagem das frentes frias e a entrada de ar frio de origem polar.
Fonte: CLIMATEMPO
AGRONEWS® Informação para quem produz