Valor abrange apenas as operações de soja e milho do Estado, quarto maior produtor brasileiro de grãos
Cálculos do Instituto para o Fortalecimento da Agropecuária Goiana (IFAG Econômico) indicam que os produtores de soja e milho do Estado, quarto maior produtor nacional de grãos, vão desembolsar R$ 58,9 milhões a mais que o previsto somente com óleo diesel na próxima safra (2017/2018).
O valor considera a área plantada com as duas culturas e contempla somente as operações dentro da porteira, ou seja, de pré-plantio, plantio, condução e colheita das lavouras.
Segundo o analista do IFAG, Alexandro Alves, esse será o primeiro impacto direto aos agricultores. Mas a alta no valor do combustível deve agravar os custos gerais por outras vias. “Com certeza, o impacto será ampliado com o repasse desse aumento nos custos pelas empresas de insumos”, explica Alves.
O gasto imprevisto é resultado do aumento da alíquota de Pis-Cofins sobre os combustíveis, decretado pelo presidente Michel Temer na última semana, como forma de elevar a arrecadação federal. Com o decreto presidencial, o preço do diesel subiu R$ 0,21 por litro.
Para fazer a projeção, o IFAG Econômico adotou o preço de R$ 3,09 por litro, contra R$ 2,88 praticados antes da medida.
No caso da soja, a área a ser implantada é de 3,327 milhões de hectares e o impacto à cultura é de R$ 35,302 milhões. O valor representa custo adicional de R$ 10,61 por hectare para abastecer máquinas e implementos. Já a área de milho safrinha projetada para 2018 é de 1,350 milhão de hectares. Com o reajuste no preço, o impacto aos custos do cereal devem ficar na ordem de R$ 15,261 milhões, ou R$ 11,30 por hectare, aponta o IFAG.
Fonte: Globo Rural